Qualificação profissional contrasta com alta no mercado de trabalho nas Agulhas Negras

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AGULHAS NEGRAS

O desemprego no Estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2014 e 2017 saltou de 494 mil para 1,2 milhão uma alta de 157%, especialmente devido a demissões na indústria e na construção civil. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Foram pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios, lembrando que o IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou vaga no mercado nos 30 dias anteriores à semana que os dados foram coletados.

Em um cenário econômico incerto e em recuperação, o mercado de trabalho conta com um grande número de pessoas a procura de uma recolocação profissional. São trabalhadores dedicados a manter suas posições, funcionários de organizações compostas por gestores e recrutadores cada vez mais exigentes e específicos quanto aos perfis profissionais demandados por suas empresas. Neste panorama se torna essencial que trabalhadores, empregados ou desempregados, saibam o que uma empresa quer do futuro contratado.

Segundo Astrid Vieira, consultora especializada em transição de carreira, desenvolvimento de profissionais e recrutamento e seleção, os candidatos devem manter comportamento proativo. É importante que todos estejam abertos a mudanças e tenham inteligência emocional. Ela orienta os profissionais quanto às habilidades e competências para o desenvolvimento de suas carreiras. “Esse profissional precisa ter domínio sob novas tecnologias; comunicação fluente em pelo menos dois idiomas; dedicação no desenvolvimento de suas qualificações; capacidade de reconhecimento e resolução de problemas complexos; competência na gestão e coordenação de pessoas; aptidão na avaliação de dados e situações e a posterior tomada de decisão; e a flexibilidade e agilidade cognitiva”, pontua a diretora da Leaders HR Consultants.

A consultora Astrid Vieira orienta os trabalhadores sobre a postura e qualificação – Foto: Edy Fernandes

Astrid Vieira explica que o mercado de trabalho ainda sofre com o recuo econômico do país, mas as empresas estão à espera pela recuperação do crescimento para voltar a investir e contratar funcionários. “Com a necessidade de redução de custos, escolha de projetos prioritários e a reestruturação de departamentos por parte de empregadores nos últimos anos, houve por consequência, a diminuição do quadro de funcionários. No entanto, com o progresso da expectativa econômica para 2018, as empresas podem prospectar a continuidade de projetos e a expansão de suas atividades, e este panorama acaba por favorecer a criação de novas vagas”, esclarece.

A consultora afirma que uma importante causa do desemprego atual, presente em ampla parcela da população, é a necessidade de profissionais mais capacitados. Existem empresas com vagas em aberto para diversos cargos, mas que não são ocupados por falta de qualificação. “É preciso investir em capacitação acadêmica e na especialização, para que a empresa almejada veja em seus potenciais funcionários, um possível colaborador”, afirma a consultora, que aposta na alta de contratações para 2018 nas áreas de engenharia, finanças e contabilidade, jurídica, mercado financeiro, recursos humanos, seguros, tecnologia, vendas e marketing.

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