VOLTA REDONDA
Sábado, 26, foi o último dia do registro das candidaturas em todo o país. Em Volta Redonda, uma surpresa. Dois candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT): Cida Diogo e Carlos Alexandre Honorato, o Cerezo 88, tiveram seus nomes lançados pela Justiça Eleitoral no pedido de registro de candidaturas. Em nota, hoje, a Coligação A Esperança de Volta, que tem Cida Diogo como cabeça de chapa, e Nena Düppré (PV), como vice, informou que foi surpreendida com o requerimento de registro individual formulado pelo filiado e ativista sindical Cerezo.
“Esclarecemos que o filiado em questão, embora ainda filiado ao Partido dos Trabalhadores, há mais de 25 anos não participa de nenhuma atividade partidária, tendo tomado outros rumos em sua vida política e social. A convenção do PT e do PV foi legalmente realizada, obedecendo rigorosamente a legislação e indicou, por unanimidade de votos, os nomes de Cida Diogo e Nena Düppré para compor a chapa majoritária. É o que consta na ata juntada aos autos do processo de requerimento de registro de candidatura da coligação”, diz a nota do partido.
Segundo o advogado da coligação, Ademir Cecílio de Oliveira, a Justiça deve deferir seguramente a candidatura de Cida Diogo e indeferir a de Cerezo por não terem sido cumpridos os requisitos mínimos para registro da sua candidatura, como escolha em convenção partidária. Ele diz que espera que a chapa resolva essa situação amigavelmente, através de uma retratação pública de Cerezo para esclarecer o ocorrido.
O A VOZ DA CIDADE tentou contato com Cerezo. Ele não retornou as ligações. Em entrevista ao Foco Regional, ele disse que não sabia de sua filiação ainda ao PT, partido no qual foi presidente. Ele lembrou que em 1996 contestou as coligações muito amplas que o partido estava fazendo e foi submetido a Comissão de Ética, entendeu que tinha sido desligado.
Segundo ele, seu pedido de registro de candidatura não teve a intenção de tumultuar a candidatura de Cida Diogo. Sua intenção seria concorrer como candidato avulso, ou seja, não filiado a nenhum partido, o que não está previsto na legislação brasileira. Ele disse na entrevista que esse tema está em discussão no Supremo Tribunal Federal, mas não foi colocado em votação. Ele acredita que sua candidatura será indeferida, mas está pronto para recorrer. “Há uma grande faixa da população que rejeita os partidos políticos, que é favorável às candidaturas avulsas e nós queremos conversar com este público”, disse na entrevista ao Foco Regional.