PSOL lança pré-candidatura de prefeito e coprefeita em Barra Mansa

0

BARRA MANSA

Nesse ano o PSOL de Barra Mansa terá pré-candidatura a prefeito e a coprefeita. Petterson Magno e Eliza Campos, um disciplinário e uma professora de Educação Física estarão na disputa, numa chapa ‘puro sangue’. O partido está desde o ano passado se reunindo para trabalhar a pré-candidatura. Recentemente, divulgou um manifesto denominado “Se Barra Mansa Fosse Nossa”, informando sobre a decisão em concorrer ao pleito neste ano.

“Não entraremos na eleição apenas para conquistar votos, mas para disputar corações e mentes, porque sabemos que a Barra Mansa que queremos só pode ser construída coletivamente. O PSOL é um partido pequeno, mas é o que mais filiou nos últimos dois anos em todo o Brasil, principalmente a juventude. Estamos construindo cada vez mais uma militância de qualidade”, disse Petterson Magno, que também é presidente do diretório municipal.

O partido tem um jeito diferente de denominar a vice-prefeitura. A pré-candidata a coprefeita, Eliza Campos, citou que há uma carência de representantes de esquerda na atual disputa. O pré-candidato a prefeito citou até que iniciaram conversa com o Partido dos Trabalhadores, mas não chegaram a um consenso. “Temos uma questão de coerência, sempre estamos nas ruas nos posicionando sobre o que acontece no Brasil, estado e na cidade, e queremos fazer um debate mais da esquerda radical. Temos uma clareza muito grande ao falar da história de Barra Mansa, discutir sobre barões. E o nosso intuito com a pré-campanha é mostrar que a classe trabalhadora é quem fez a história dessa cidade. O município foi construído com trabalho escravo e tivemos ainda a violação dos direitos humanos durante a ditadura militar e quereremos debater uma cidade para os esquecidos dessa história”, disse Petterson.

Segundo Petterson e Eliza, o foco do trabalho na campanha será na educação e servidores públicos.  O Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), resolvendo a implantação para área da educação e criando um para o funcionalismo público. Como proposta, vão retornar ainda a eleição de diretores nas escolas e acabar em um momento inicial com o modelo de educação integral atual da prefeitura. “Não acreditamos que esse modelo seja o mais correto. É um disfarce. Todas as escolas, se eleitos, retornariam para o tempo normal, faríamos um trabalho sério para depois reimplantar tudo como tem que ser”, contou Petterson. Eliza citou ainda que a economia com os módulos alugados atualmente para essas escolas seriam em torno de R$ 30 mil ao mês.

Ambos falaram ainda sobre a necessidade de concurso público na prefeitura, assim como a redução da carga horária dos técnicos administrativos da educação para seis horas novamente, o cumprimento da lei de redução da carga horária em 1/3 dos professores para planejamento.

OUTRAS PROPOSTAS

Na saúde pretendem encabeçar um projeto para construção de um hospital municipal onde fica localizado atualmente o antigo Menino Jesus de Praga, que era particular. “Estudaremos uma maneira de desapropriar o local, avaliando qual seria o melhor instrumento jurídico a ser usado. Barra Mansa precisa de um hospital público”, falou o pré-candidato a prefeito.

Ainda na saúde, a intenção é equipar os postos de saúde com uma equipe mínima multiprofissional.

Uma das pautas do PSOL voltada para economia é criar o turismo ligado a memória da violação dos direitos humanos que aconteceu na cidade na época da ditadura. Querem ainda incentivar o pequeno produtor e a agricultura familiar para fortalecer a área. “A merenda escolar precisa ser abastecida com compra proveniente de agricultura familiar no percentual de 25% e isso não acontece atualmente”, afirmou Eliza.

Já Petterson citou que na área da agricultura estão discutindo trazer indústria verde para a cidade e que as finanças públicas precisam ser mais transparentes e propôs uma auditoria cidadã. “Queremos disponibilizar ainda para incentivar a economia local, todo mês, R$ 100 para todos os alunos da rede pública. O dinheiro, em forma de cartão de débito, só poderia ser gasto em supermercados, farmácias, papelarias, livrarias, cinema e teatro”, contou o disciplinário que é formado em História.

Deixe um Comentário