VOLTA REDONDA
O Partido Solidariedade e Liberdade (Psol), confirmou a candidatura da professora Juliana Carvalho para a prefeitura de Volta Redonda. Durante a convenção, que aconteceu de forma online na última terça-feira, dia 8, a candidata destacou que o principal objetivo da sigla, ao lançar seu nome é, antes de tudo, combater as opressões. A professora pontuou que levará para os debates pautas históricas do partido que fundamentam, inclusive, a escolha de seu nome já que ela é mulher, negra e cultua uma religião de matriz africana.
“A luta que se impõe nesse momento é a luta pela vida e contra qualquer forma de exploração e opressão. Nesse partido, que aliás é fruto de movimentos sociais diversos, debatemos nossa realidade e buscamos alternativas para atuar sobre ela”, explicou Juliana, destacando que trabalhará para que a CSN volte a produzir em prol da cidade. “O Psol se coloca nessa luta propondo outra política e assume de forma coerente a necessidade da taxação de terras pertencentes a cidade e que hoje se encontram como propriedade da CSN. Essas terras representam um quarto da nossa cidade e não possuem função social. Não dá mais para aceitar uma prefeitura que entende que sua função é ajudar o empresário a gerar emprego”, criticou a candidata do Psol.
Juliana ainda pontuou que deseja construir com o povo uma cidade de direitos. “Volta Redonda foi uma cidade, embora machista, em que a luta de classe esteve na ordem do dia. Queremos recuperar essa história, lembrando o protagonismo da maioria negra, veio construir a CSN, e das mulheres na participação das lutas da cidade, se organizando em associações de moradores, clubes de mães, etc, de forma autônoma. A partir dessa história, queremos debater machismo, racismo religiosos e ambiental, defender a liberdade religiosa, propor medidas contra o feminicídio, contra o genocídio da juventude negra e contra a LGBTfobia”, resumiu.
Por fim, a candidata a prefeita de Volta Redonda fez questão de homenagear uma figura histórica do partido em Volta Redonda, a também professora Maria das Dores Motta, a Dodora, fazendo referência à sua trajetória não apenas na sigla socialista, mas na luta propriamente dita. “Nossas candidatas e candidatos a vereador e vereadora são fruto da luta das mulheres, dos negros, lgbts e contra a exploração da classe trabalhadora nessa cidade e construíram esse programa coletivamente, assim como todo o partido e movimento social que nos compõe. E, como diria nossa companheira Dodora, é preciso coragem para seguir e isso nós temos”, concluiu.