PSA Peugeot-Citroën confirma que seguirá investindo em Porto Real

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PORTO REAL

A montadora francesa de veículos Groupe PSA Peugeot-Citroën seguirá com sua produção monofluxo com veículos das marcas Peugeot e Citroën, no polo industrial do município. A confirmação foi repassada pela empresa nesta terça-feira, dia 6, ao A VOZ DA CIDADE e desfaz rumores de que a partir de 2020 ocorra o fim da produção local dos veículos da marca Peugeot.

A partir de postagens em redes sociais e consequentes abordagens na mídia, o possível fim da produção dos veículos Peugeot ganhou repercussão recentemente, mas de forma equivocada segundo a direção do Groupe PSA. Funcionários da montadora temiam o desemprego, afinal, os rumores davam conta que a meta da montadora seria manter apenas a produção de veículos da marca Citroën, levando a produção de carros da Peugeot para unidade na Argentina, em dois anos. “Eu sou funcionário e fiquei aflito sim, tentamos saber a procedência desta informação que afetaria minha família e de vários colegas. Mas, logo soubemos que não existe isso. Hoje, sobrevivo do trabalho na unidade e tenho amigos, parentes no local. Queremos mais novidades e oportunidades para outras pessoas, não o fim de atividades”, afirma o industriário que optou em ser chamado apenas de ‘Pedro’.

O rumor era que a partir do ano de 2020 a fábrica de Porto Real produziria apenas os carros da Citroën (C3, Aircross e C4 Cactus), levando as plantas da Peugeot (Peugeot 208 e Peugeot 2008) para a Argentina. Medida que afetaria aproximadamente 500 trabalhadores com a perda dos postos de trabalho.

CONFIANÇA E INVESTIMENTO

O Groupe PSA informou ao A VOZ DA CIDADE, através da sua assessoria de imprensa, que tem mais de 1,8 milhão de veículos e 2 milhões de motores produzidos em suas linhas desde fevereiro de 2001. “Porto Real é hoje uma das fábricas mais modernas do Groupe PSA em todo o mundo e tem recebido investimentos constantes para manter-se competitiva e atualizada. Infelizmente, notícias não oficiais e que não condizem com a estratégia do Groupe PSA circulam em redes sociais. Sempre reafirmamos o nosso compromisso com o país e com a região Sul Fluminense, e temos investido muito em Porto Real, preparando-a para o futuro”, afirma a empresa.

A empresa cita o Novo SUV Peugeot 2008, lançado em abril deste ano, com um aporte de cerca de R$ 30 milhões de investimentos na fábrica de Porto Real, além de o veículo ter-se beneficiado, em grande medida, dos cerca de R$ 580 milhões adicionais investidos na fábrica por ocasião do lançamento do modelo Novo SUV Citroën C4 Cactus, em 2018.

Também ocorreu em 2018 o lançamento da linha de virabrequins, com R$ 43 milhões em investimentos. “Nunca revelamos antecipadamente nosso planejamento de produção, pois ele é estratégico e confidencial. O que podemos dizer é que teremos em Porto Real produtos cada vez mais modernos e adequados aos gostos do consumidor dos mercados brasileiro e latino-americano, e que esta fábrica continuará tendo uma grande importância para o Groupe PSA e seguirá recebendo investimentos para assegurar sua modernização e a excelente qualidade dos nossos produtos”, informa.

LINHA MONOFLUXO 

A PSA ressaltou também que o nível da atividade da fábrica depende dos investimentos em novos produtos e de quantos veículos ela produzirá. “Temos uma produção monofluxo, que comporta grande diversidade de veículos das nossas marcas (Peugeot e Citroën). Assim, temos uma linha de produção única para as marcas: não existe uma ‘linha de produção Peugeot’ e uma ‘linha de produção Citroën’. Nosso volume de produção depende essencialmente da demanda dos mercados interno e externo – sendo o principal a Argentina. Considerando-se a reação futura do mercado argentino – que hoje está em queda – é que teremos os ajustes de nossa estrutura de produção, como sempre tem ocorrido”, observa a empresa.

E pela queda do mercado automotivo argentino e, consequentemente, a queda das exportações, o Groupe PSA definiu algumas medidas na fábrica para adequação das jornadas de trabalho aos volumes de produção. A ação foi discutida com o Sindicato e acordada com os funcionários.

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