Interioridade, profundidade e paixão
Oi, gente!
Hoje, quero trazer uma breve análise sobre as características da escrita de Gonçalves Dias, tomando como base trechos de Canção do Exílio e também do poema Desejo.
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
O poeta estava em Portugal (Coimbra), quando criou esta obra. Daí o aspecto de extrema saudade e exaltação do Brasil, colocando nosso país como superior, como nos trechos: /Nosso céu tem mais estrelas/ , /Nossas várzeas tem mais flores/. Cabe ressaltar ainda, que o contexto que motivou a maneira de criação e temática do autor, que era o seguinte: a necessidade de criar uma literatura com brasilidade, ou seja, sem os moldes europeus, do belo e adequado. Estes fatores explicam o nacionalismo e indianismo, que enfatizam a beleza das paisagens naturais do Brasil, valorizam a cultura indígena. Gonçalves Dias, como bom romântico, também escreveu poemas de amor, com destaque para a figura feminina como no excerto do poema Desejo /Dá, Senhor Deus, que eu sobre a terra encontre/ Um anjo, uma mulher, uma obra tua, que sinta o meu sentir/
O escritor nasceu no Maranhão, na cidade de Caxias, em 10 de agosto de 1823. Atuou como professor, jornalista e teatrólogo. Pertencente à primeira geração do Romantismo Brasileiro.
Por: Robson Chaves – Professor de Português e Literaturas, poeta da Fundação de Cultura de Barra Mansa, membro da Academia Volta-Redondense de Letras e autor do livro “A Divina Poética”.
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