VOLTA REDONDA
Em votação ocorrida na noite de quarta-feira, 24, os metalúrgicos da Prada CSN rejeitaram em massa a proposta do Programa de Participação e Resultados (PPR) 2017. E para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos, o resultado da votação reafirmou o grau de grande insatisfação dos trabalhadores sobre o valor oferecido pela empresa. E por isso, a greve, iniciada na segunda-feira, 23, continua por tempo indeterminado.
Campos destacou que, mesmo com as manobras da empresa na tentativa de esvaziar a votação, a proposta do PPR foi rejeitada pelos trabalhadores, por ampla maioria. O sindicalista lembrou que o valor apresentado pela Prada CSN foi de R$ 766,53 para os trabalhadores que ganham até R$ 3.200. E de R$ 459,92 aos que ganham acima de R$ 3.200. E, caso fosse aprovada, a empresa se comprometeu em reajustar o cartão alimentação para R$ 180, com participação de 5% dos trabalhadores e um crédito extra de R$ 120, em única parcela e sem desconto dos funcionários. “Diante do resultado da votação, reafirmamos o compromisso de lutar pelos interesses dos trabalhadores”, avisou o presidente.
Vale lembrar que, no final da tarde do primeiro dia de greve, que já conta com a adesão de 100% dos funcionários, representantes da empresa chamaram a direção do Sindicato dos Metalúrgicos para apresentar uma nova proposta. O sindicato recebeu a proposta e realizou a votação na portaria da empresa. E como os trabalhadores rejeitaram a proposta, a paralisação fica mantida.
RETORNANDO ÀS NEGOCIAÇÕES
Vale lembrar que o movimento iniciou no último dia 18, depois de um período de estado de greve. E assim que o Sindicato retornou da mesa de negociação com os representantes da CSN Prada, e sem consenso, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense decidiu manter o estado de greve. Segundo informou o presidente, atendendo a uma exigência jurídica, o Sindicato ouviu o chamado da empresa para negociar e, durante a discussão, os representantes da Prada não apresentaram mudança nos valores do PPR. E ainda propuseram, a título de antecipação das negociações do Acordo Coletivo 2018/2019, um reajuste no valor do cartão alimentação que passaria para R$ 180, com a participação de 5% do trabalhador, e também efetuar um crédito extra de R$ 100, sem participação. E ficou estabelecido um compromisso de rever e dar solução a algumas questões administrativas. “Diante do impasse e sem acordo, o sindicato apresentou uma contra proposta, com cinco cargas extras no cartão alimentação, no valor de R$ 100 cada”, destacou , ressaltando que a greve é e sempre foi a a principal arma na luta para conquistar os direitos