VOLTA REDONDA
Uma parceria entre a Firjan Senai e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) oferece, pelo segundo ano consecutivo, formação para mulheres atuarem na área da operação siderúrgica. Por meio do programa Capacitar, 90 alunas iniciaram as aulas na unidade da Firjan Senai Volta Redonda em abril e devem concluir a formação no mês de julho. Na primeira turma, das 60 estudantes matriculadas, 58 – o equivalente a 96% – foram empregadas pela maior indústria do setor no Brasil e na América Latina.
Conforme o coordenador de educação profissional da Firjan Senai Volta Redonda, Marco Antônio Cappato, o curso não só abre as portas para uma área que sempre esteve marcada pela mão de obra masculina, como dá chance para que a maioria das alunas concluam as aulas já empregadas. Com carga de 208 horas, o curso oferece a formação teórica na escola e instruções práticas dentro da própria CSN.
No Rio, um em cada quatro postos de trabalho da indústria fluminense é ocupado por uma mulher, totalizando mais de 164 mil trabalhadoras em todos os setores. Em uma década esse montante representou crescimento de 3%, um avanço ainda lento. Na esteira desse processo, o coordenador de Atração e Educação da CSN, Rafael de Paiva Lima, afirma que a meta da siderúrgica a longo prazo é preencher em torno de 40% do quadro com mulheres. “Antes do projeto, contabilizamos uma média de apenas 7,5%, agora já são 10%. É preciso construir um ambiente em que as mulheres tenham o seu espaço e entreguem seus resultados igualmente como qualquer outro profissional”, disse.
NOVAS PORTAS
Empolgada com a inserção no curso, a prestadora de serviços Márcia Cristina de Oliveira Almeida, 39 anos, afirma que buscou a formação para se qualificar profissionalmente. “Me matriculei no curso da Firjan Senai em parceria com a CSN para buscar novos horizontes e me desafiar em uma área totalmente diferente. Apesar de ser difícil conciliar a rotina de trabalho com a aula à noite, tenho certeza que esse curso vai me abrir muitas portas”, afirmou
A aluna, que não vê a hora de colocar em prática o que vem aprendendo nas salas e laboratórios da unidade, afirma estar satisfeita com a didática dos professores. “Eles passam o melhor do conteúdo e não descansam até ter certeza de que entendemos. Prova disso é que nenhuma das 30 mulheres da minha turma desistiu do curso.” E complementa: “É uma vitória poder aprender ao lado de tantas mulheres unidas”, argumenta.
Já Miriam Almeida de Oliveira, 29, formada pela primeira turma em dezembro do ano passado, ingressou na CSN e já concluiu o processo de aprendizagem. Os reflexos do esforço foram traduzidos na efetivação: hoje ela trabalha como operadora de ponte rolante. “Eu sempre quis trabalhar na siderúrgica por acreditar que eu poderia crescer profissionalmente dentro da empresa”, acrescenta.
Para Lima, a expressiva inserção das mulheres na indústria Sul fluminense é uma mudança de paradigma. “O olhar precisa mudar para estabelecermos uma sociedade economicamente mais correta. Sem dúvidas, a CSN e a Firjan SENAI Volta Redonda estão colaborando para isso”, finaliza o coordenador da siderúrgica.
1 Comentário
CSN gosta é de mão de obra BARATA, pagar pouco por isso está empregando mulheres iniciantes que vão aceitar esse salário pela falta de empregos no nosso país. Csn não Joga pra perder