Projeto ‘Arte na Capa’ de Resende faz uma homenagem a cantores Negros

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RESENDE

No mês que é comemorado o Dia da Consciência Negra, celebrado desde 2003, no dia 20, o projeto Arte na Capa, promovido pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) de Resende, faz uma homenagem aos cantores negros do país. A mostra, que traz capas de discos de vinil, pode ser visitada até o próximo dia 30, no MIS, situado a Rua Luiz da Rocha Miranda, 117, no Centro Histórico de Resende, sempre de segunda a sexta-feira, no horário de meio dia às 18 horas. Além do horário normal, também é possível agendar visitas de escolas e outros grupos para o período da manhã, de 8 às 12 horas. Para isso, os interessados devem entrar em contato com o MIS pelo telefone (24) 3354-7530

Vozes negras, que são verdadeiros patrimônios da música popular brasileira, são homenageadas pelo projeto Arte na Capa. Entre os artistas negros que serão homenageados na exposição, estão nomes consagrados da MPB que ainda fazem grande sucesso, como Alcione, Sandra de Sá, Djavan, Gilberto Gil e Martinho da Vila, além de cantores já falecidos, mas que marcaram sua época, como Emílio Santiago, Tim Maia, Cartola e Jamelão – o mais famoso cantor de samba-enredo do Brasil. Artistas, cujas carreiras atingiram o auge nas décadas de 1960 e 1980, mas que quase não são lembrados na atualidade, como Agostinho dos Santos e Djalma Correia, também integram a mostra.

Segundo a presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, Denise Assis, a mostra resgata a grande influência da cultura negra na história da música brasileira, e deixa em evidência uma legião de artistas que dominaram as paradas de sucesso na segunda metade do século XX, conquistando, em alguns casos, notoriedade mundial. “A lista de vozes negras que tiveram, ou têm, uma relevância histórica na MPB é muito extensa, tanto que muitos deles acabaram ficando fora da exposição. São artistas que ajudaram a construir a identidade da música brasileira, inserindo elementos fundamentais nesse perfil. O feriado do Dia da Consciência Negra surgiu como uma ótima oportunidade para homenagearmos esses artistas”, destaca Denise.

No total, 26 capas de discos de vinil poderão ser conferidas durante a exposição. Um dos grandes destaques da mostra é o disco “Alegria Alegria”, Volume 3, do Rei do Swing, Wilson Simonal. O cantor, que alcançou grande sucesso entre os anos de 1960 e 1970, chegando a comandar programas de televisão nas redes Tupi e Record,  faleceu no ano 2000, mas ainda inspira as novas gerações. Além das belas fotografias e do trabalho visual das capas, a exposição conta ainda com o recurso de uma vitrola, onde serão reproduzidos os sucessos guardados nas capas de vinil. A iniciativa, além de divulgar o trabalho dos cantores, também permite que o público tenha uma experiência não só visual, mas também auditiva durante a exposição, recordando ou simplesmente conhecendo antigas canções.

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