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Programa mundial de alimentos atua em meio à crise alimentar no Níger

Por Andre
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NOVA IORQUE

Em meio a uma grave crise alimentar no Níger, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU desempenha um papel crucial na entrega de assistência de emergência à população afetada. Cerca de 3,3 milhões de pessoas, equivalente a 13% da população, estão sofrendo de insegurança alimentar aguda no país.

Para sustentar suas operações até janeiro, a agência da ONU precisa de um financiamento de US$ 71 milhões. No entanto, esse montante pode aumentar caso a crise se agrave ainda mais. A situação é preocupante, uma vez que o Níger é uma peça-chave na cadeia de suprimentos para países vizinhos que também enfrentam crises e necessidades humanitárias sem precedentes.

As equipes do PMA estão agindo de forma rápida e eficaz. Na primeira semana de agosto, eles conseguiram entregar alimentos essenciais para 140 mil pessoas em todo o país. Além disso, 74 mil crianças receberam cuidados vitais de desnutrição. A diretora regional interina da agência na África Ocidental, Margot van der Velden, enfatiza que o trabalho do PMA é fundamental, especialmente para os mais vulneráveis. Ela ressalta que a atenção deve ser voltada para apoiar as comunidades durante o período de escassez entre as colheitas.

No entanto, a falta de financiamento adequado pode acarretar graves consequências não apenas para o Níger, mas também para toda a região do Sahel. A representante do PMA alerta que as crises não reconhecem fronteiras e que é necessário continuar os esforços humanitários e de resiliência independentemente da situação política.

Diante do atual cenário desafiador, o PMA está trabalhando em parceria com outras organizações para atender às necessidades da população do Níger. As distribuições estão em andamento e espera-se que mais de 1 milhão de pessoas recebam assistência alimentar de emergência somente no mês de agosto. Além disso, 180 mil pessoas afetadas por choques climáticos continuam a receber transferências de proteção social como parte da assistência ao longo do ano.


 

A situação é agravada pelo fechamento de fronteiras e sanções, que impactam negativamente o fornecimento de alimentos e suprimentos médicos para o Níger. Com a principal temporada de colheita prevista para outubro, é essencial que as comunidades continuem a desenvolver e manter a terra restaurada para produzir alimentos, mesmo diante desses desafios.

A crise humanitária no Níger ocorre em um momento em que o PMA está enfrentando limitações orçamentárias e reduzindo as porções globalmente devido à falta de fundos. A falta de financiamento afeta a capacidade da agência em fornecer assistência vital para milhões de pessoas, não apenas colocando comida em seus pratos, mas também protegendo seus meios de subsistência.

No ano passado, durante uma crise alimentar sem precedentes, o PMA intensificou sua assistência para alcançar aqueles que mais precisavam. Em coordenação com o governo e parceiros, eles conseguiram fornecer assistência alimentar e nutricional para cerca de 4,2 milhões de pessoas.

Diante da situação crítica no Níger, o PMA continua a desempenhar um papel vital na resposta a essa crise humanitária, trabalhando incansavelmente para atender às necessidades da população afetada e garantindo que o fornecimento de alimentos e ajuda humanitária chegue onde é mais necessário.

* Luciano R. Pançardes – Editor chefe

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