ANGRA DOS REIS
O Programa Calçada Acessível, desenvolvido em parceria entre a Prefeitura de Angra dos Reis e a Firjan, avançou para sua terceira etapa nesta sexta-feira, 10 de outubro, com a realização de um seminário no auditório do Sebrae. O evento reuniu representantes da administração municipal, técnicos da Firjan, arquitetos, engenheiros e especialistas em mobilidade urbana, com o objetivo de consolidar diretrizes para o manual técnico que padronizará a construção e adaptação de calçadas acessíveis em toda a cidade.
Na quinta-feira, 9 de outubro, ocorreu a segunda etapa do programa, um workshop de capacitação prática. Durante essa atividade, técnicos da Prefeitura participaram de simulações utilizando cadeiras de rodas e vendados, vivenciando na prática os obstáculos enfrentados por pessoas com deficiência e mobilidade reduzida no dia a dia.
Essa experiência permitiu que os profissionais compreendessem os desafios reais da mobilidade urbana, identificassem pontos críticos nas calçadas e refletissem sobre soluções viáveis para promover acessibilidade e segurança para todos.
A Secretária Municipal de Urbanização, Parques e Jardins, Beth Brito, ressaltou a importância do programa. “Estamos comprometidos em transformar Angra dos Reis em uma cidade mais inclusiva. O Programa Calçada Acessível não apenas atende às necessidades de pessoas com deficiência, mas melhora a mobilidade e a qualidade de vida de toda a população. Cada etapa do programa traz aprendizados que serão fundamentais para a implementação de calçadas seguras, acessíveis e bem planejadas”, disse Beth.
Luiz Gustavo Guimarães, especialista técnico do Centro de Referência em Construção Civil da Firjan SENAI SESI Tijuca, destacou os aspectos técnicos do projeto. “O manual técnico que estamos desenvolvendo será uma ferramenta normativa que estabelece padrões claros de largura, inclinação, sinalização tátil, tipos de piso e soluções de drenagem, garantindo que as calçadas da cidade atendam às normas da ABNT e às diretrizes internacionais de acessibilidade. O objetivo é criar um modelo replicável, que sirva como referência para projetos futuros, promovendo uniformidade, segurança e inclusão para todos os pedestres, especialmente pessoas com deficiência e mobilidade reduzida”, comentou.
O seminário desta sexta-feira também serviu para apresentar estudos de caso, discutir metodologias de planejamento urbano inclusivo e definir cronogramas para a implementação das futuras intervenções. Técnicos da Prefeitura e especialistas participaram de painéis e debates, garantindo que o manual técnico reflita não apenas normas técnicas, mas também a realidade vivida pelas pessoas que circulam diariamente pelas ruas da cidade.
As diretrizes estabelecidas no manual servirão como base para obras futuras, adaptações de calçadas existentes e ações de fiscalização, consolidando uma política pública de mobilidade urbana que atende às necessidades de todos os cidadãos.