Profissionais da saúde opinam sobre cadastro obrigatório para combate ao coronavírus

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BRASÍLIA/SUL FLUMINENSE

Profissionais de saúde, que atuam em cidades do Sul Fluminense, falaram ao A VOZ DA CIDADE sobre a importância do programa ‘O Brasil Conta Comigo’, realizado pelo Ministério da Saúde. O programa consiste em um cadastramento obrigatório, no qual será disponibilizado um curso a distância de capacitação no enfrentamento da Covid-19. No cadastro, o profissional deve informar a disponibilidade ou não para caso seja necessária uma mobilização da força de trabalho, para responder à situação de emergência. Em entrevista, os profissionais de saúde disseram ao jornal que servir a população em situação de crise é obrigação.

A ação abrange as seguintes áreas: serviço social, biologia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, psicologia e técnicos em radiologia. O Ministério da Saúde também publicou edital para o cadastro de alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia para atuar no enfrentamento ao novo coronavírus no país.

O psicólogo hospitalar de Volta Redonda, Gilles Pacheco Pinho, disse que no código de ética da psicologia, servir a sociedade é um dever e, como patriota, seria uma honra. Contudo, ele afirmou que entende que muitos não podem ir. “Esse cadastro é uma forma do país se preparar para o pior. Caso haja necessidade, esses profissionais podem ser chamados para auxiliar em regiões que têm menos gente preparada para o serviço”, pontuou.

Gilles ainda ressaltou que o Conselho de Psicologia não emitiu nenhuma nota dizendo se terá alguma consequência para quem não se cadastrar. “Mas disseram que era para fazer”, disse, afirmando que acredita que isso serve para ver quem realmente está ou não disponível caso seja necessário.
No caso do nutricionista Aldem dos Santos Neves, apesar de já ter feito o cadastro e afirmar ser de suma importância que todos participem, ele não pode se colocar disponível, por estar em grupo de risco. “Mas todos que podem ir, devem ir, pois, independente da área, é obrigação do profissional da saúde servir a população, ainda mais em um momento como esse”, destacou.

Aldem ainda relatou que tem amigas que estão trabalhando na linha de frente e elas contaram que a situação está se agravando. “Caso haja necessidade, é importante sim que o país possa contar com os conhecimentos que nós, profissionais da saúde temos”, afirmou, explicando que já fez o cadastro e agora aguarda um e-mail, onde serão solicitadas as informações complementares. “No cadastro eles apenas perguntaram da disponibilidade para ser chamado, mas não pediram a justificativa.”, expôs.

O profissional de Educação Física, Silvio Henrique Vilela destacou que o cadastro no programa ‘O Brasil Conta Comigo’ é simples. “No entanto, está congestionado e estou tendo dificuldades para finalizar, mas alguns amigos meus já conseguiram e me contaram que são perguntas básicas”, explicou, lembrando que há também um chamamento para os alunos dos últimos anos. “Além de você poder contribuir para sua formação, estará contribuindo em uma ação humanitária”, afirmou o profissional, que também é coordenador do curso de Educação Física da UniFOA, em Volta Redonda. “É gratificante poder ajudar o país a enfrentar essa crise”, finalizou.

SOBRE O CADASTRO

O cadastramento, que é feito através da internet e após o preenchimento do formulário, o profissional receberá um link de acesso aos cursos de capacitação. Os conselhos nas áreas da saúde deverão enviar ao Ministério da Saúde os dados dos seus profissionais e, por sua vez, o ministério vai identificar e informar aos conselhos os respectivos profissionais que não preencheram o cadastro ou que não concluíram os cursos. Será criado, então, um cadastro geral de profissionais habilitados que poderá ser consultado por gestores federais, estaduais, distritais e municipais do SUS, em caso de necessidade, para orientar suas ações de enfrentamento à Covid-19.

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