VOLTA REDONDA
Pelo 21° ano consecutivo, o professor Henri Nicholas do Carmo Coutinho, de 46 anos, residente no bairro Vila Rica/Tiradentes, em Volta Redonda, se prepara para o ‘Natal Solidário’ para crianças carentes da cidade e região. Henri contou ao A VOZ DA CIDADE que, todos os anos a campanha de arrecadação de brinquedos ou dinheiro é realizada a partir do mês de novembro. Quem quiser ajudar ou conhecer a ação é só entrar em contato com o professor pelo número (24) 99902-1210.
Disse o professor que, as pessoas interessadas em ajudar O Natal Solidário das crianças podem doar o que achar melhor, pois além de brinquedos ele recebe também biscoitos ou recursos em dinheiro, porque além de brinquedos ele gasta com bijuterias para as mocinhas, roupinhas de bebês, embalagens, papéis de presentes, picolés. “E quando há recursos, distribuímos panetones para as famílias e ainda precisamos abastecer caminhões que nos emprestam”, lembrou o professor.
O professor explicou que, como conta com a ajuda das pessoas para realizar a campanha, desde o início sempre faz uma prestação de contas detalhada a todos que contribuem para alegrar o Natal de centenas de crianças carentes. Henri informou também à reportagem que, durante 19 anos ele e um amigo, com ajuda de várias outras pessoas, promoveram a campanha.
Henri explicou também que, de uns três anos para cá, tem pessoas que saem e outras que chegam. “Sempre estamos precisando de gente para ajudar não só arrecadando brinquedos e outros recursos, mas para embrulhar os brinquedos, etiquetar com os nomes das crianças, ajudar no transporte no dia da entrega, em toda logística, porque levamos centenas de brinquedos e outros materiais para entregarmos às crianças”, explicou o professor, ressaltando que precisa de gente também ajudando nas fotos, no recebimento, na entrega, vestindo-se de Papai Noel, entregando picolés e biscoitos.
REVEZANDO
Ainda de acordo com Henri Nicholas, a cada ano o Natal Solidário conta com gente revezando para ajudar. “Essa arrecadação de brinquedos é realizada uma vez por ano. Tem gente que ajuda uns três anos seguidos, sai e chega gente nova. Tem outras que ajudam num ano, fica dois sem ajudar e acabam aparecendo de volta se oferecendo”, relatou o professor, frisando que as pessoas, além dos brinquedos têm doado valores em dinheiro para que os próprios comprem os materiais que serão distribuídos.
Lembrou ainda o professor que não fica apenas com as doações, ele próprio compra. Disse que nos últimos anos, comprou cerca de 200 brinquedos e ganhou uns 60 ou 70. “Sempre há uma reserva do ano anterior. Por isso compramos também”, disse.
Relatou também o professor que, a data e a localidade do Natal Solidário deste ano ainda não foram definidas. Declarou que, por 19 anos, o Natal Solidário foi realizado para as crianças da Zona Rural de Pirai, em dois assentamentos rurais. Ano passado foi a primeira vez que não foi feito . “Trocamos pelos predinhos do ‘Minha Casa, Minha Vida’, do Roma l, e fazemos no Roma II há 10 anos, além de quatro anos na Ocupação urbana no Belmonte, uns cinco anos no bairro Paraíso, em Barra Mansa , como um ano no Santo Agostinho, um ano em Quatis, no assentamento rural, e um ano também em outro assentamento rural ,em Ipiabas”, contou o professor, destacando que teve ano que os trabalhadores dos caminhões de lixo também foram atendidos. “Entregamos os brinquedos para eles levarem para seus filhos, mas achamos melhor estarmos perto das crianças pessoalmente. Presenciar a alegria delas. É muito mais gratificante”, concluiu o professor.