Produto Interno Bruto fluminense cresce 1,2% em 2018

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RIO DE JANEIRO

Após três anos de resultados negativos os setores de serviços e indústria voltaram a apresentar crescimento favorecendo a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Rio de Janeiro em 2018. A constatação é da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) que divulgou avanços de 1,2% no PIB através da Nota Técnica Firjan Rio de Janeiro resultados e perspectivas para o PIB. O levantamento mostra que no comparativo com o ano anterior o setor de serviços cresceu 0,90% enquanto a indústria atingiu 1,2%.

Segundo a Firjan, no setor da indústria ocorreu um crescimento em todos os subsetores, com exceção da construção civil que registrou queda de -1,6%, decorrentes dos efeitos da crise fiscal que afetou principalmente a demanda por obras de infraestrutura. Por outro lado, a indústria de transformação teve avanços de 2,6% em 2018, baseadas principalmente nos segmentos de fabricação de coque, de produtos derivados e de biocombustíveis e veículos automotores.

CRISE NA ARGENTINA

A mudança na dinâmica de produção no segundo semestre de 2018, em função da queda de exportações de veículos para a Argentina, acende um sinal de alerta para 2019. Já a indústria extrativa cresceu 1,3%, patamar inferior ao observado em 2017. “A expectativa no início de 2018 era de um PIB de 1,9%. Porém, chegamos próximo de 1%, fechando em 1,2%. Esse descasamento ocorreu fundamentalmente por dois motivos: um técnico, devido à queda nas exportações de veículos automotivos para a Argentina; e o segundo, o da desconfiança do empresário, gerada pela frustração da não aprovação das reformas, em especial a da previdência”, destaca o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.

No segundo semestre de 2018 a turbulência na economia Argentina derrubou as exportações de veículos produzidos no Brasil para o país vizinho. Na região, as principais montadoras enfrentaram dificuldades e de maio até agosto o mercado nacional automotivo acumulava queda de 22,4%, em relação ao mesmo período de 2017 – baixou de US$ 2,4 bilhões para US$ 1,8 bilhão. A estratégia das montadoras foi focar no próprio mercado brasileiro e buscando novos negócios em outros países. Um exemplo da crise no setor foram as baixas no plano de exportação da Peugeot e a estratégia da Volkswagen Caminhões e Ônibus passou a explorar os mercados da Colômbia e Chile.

REFORMAS

De acordo com o economista Jonatas Goulart, esse ano apresenta um cenário parecido com o ano anterior: um novo governo, retomada de confiança do empresário e expectativa da reforma da previdência. “Nesse cenário, com a aprovação da reforma, o Rio de Janeiro pode crescer 2,6% em 2019. Sem a reformação, não passaremos de 1,4%. É um cenário semelhante ao que tínhamos no início de 2018. Esperamos que o resultado seja melhor ao fim de 2019”, avalia Goulart.

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