Produção industrial fluminense sofre queda de 13,9% em abril

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SUL FLUMINENSE

A produção industrial do estado do Rio de Janeiro teve queda de -13,9% dentre 15 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), analisando o impacto da pandemia do coronavírus na transição entre os meses de março e abril. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE, na Região Sudeste, o estado de São Paulo teve recuou de -23,2% em abril, seguido de Espírito Santo (-16,7%), Minas Gerais (-15,9%) e Rio de Janeiro (-13,9%).

A pesquisa mostrou queda em 13 dos 15 locais pesquisados, na passagem de março para abril no país, com redução de 18,8%. Oito desses locais atingiram o resultado negativo mais intenso da série histórica iniciada em janeiro de 2002: Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (-23,2%), Rio Grande do Sul (-21,0%) e Rio de Janeiro (-13,9%).

O Rio de Janeiro é considerado o terceiro maior destaque negativo, pois acumulou uma perda de 15,6% em três meses, influenciado pelas quedas nos setores de veículos automotores e de derivados do petróleo. O Rio é destaque na produção de gás e petróleo, assim como detém importante complexo da indústria automotiva no Sul Fluminense.

Um dos fatores para a queda nos primeiros meses do isolamento social é que as montadoras adotaram medidas preventivas, suspendendo ou limitando a produção de veículos.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus paralisou atividades em março e retomou a produção no fim de abril. A Nissan do Brasil retomará a produção de veículos no dia 22. A empresa anunciou nesta segunda-feira, dia 8, o retorno das operações em suas plantas na região da América Latina localizada em Resende e em Córdoba, na Argentina, assegurando a implementação dos protocolos de segurança contra a Covid-19.

Em Porto Real, o Groupe PSA América Latina, deve confirmar o retorno da paralisação preventiva contra a pandemia na próxima semana. A empresa informou que segue protocolo mundial de medidas de segurança e higienização para seus colaboradores.

Segundo Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, devido ao isolamento social ter começado a partir da segunda quinzena de março, naquele mês os impactos não foram sentidos de forma completa. “Quando chegamos em abril, vimos que a queda foi bastante impactante e significativa. Estamos no pior patamar da série histórica a nível nacional”, declara. Na comparação com abril de 2019, o Rio de Janeiro apresentou queda de -5,4%, segundo o IBGE.

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