Preso em Valença homem que supostamente usava centro espírita para prática de abuso sexual mediante fraude

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VALENÇA

O Ministério Público de Valença abriu uma investigação contra um advogado de 56 anos. Após determinação da Justiça ele foi preso por policiais civis da 91ª Delegacia de Polícia ontem, sexta-feira, 2, em cumprimento a mandado de prisão pela prática de abuso sexual mediante fraude. A suspeita era de que ele usava seus poderes mediúnicos para abusar de frequentadores de um centro espírita. Segundo o delegado Luciano Coelho informou ao A VOZ DA CIDADE, foram apreendidos diversos CDs com cenas de sexo explícito sendo perfeitamente identificado o autor. “Estamos no aguardo das vítimas para instauração de outros inquéritos”, disse.

CDs econtrados com cenas de sexo explícito – Foto: Divulgação

A prisão aconteceu no bairro São Francisco. O Centro Semente do Bem, local onde supostamente aconteciam os abusos, fica localizado no bairro São José. O delegado informou que o procedimento investigatório é do Ministério Público local, não sendo possível dar mais detalhes sobre a denúncia. Foram cumpridos seis mandados de busca e um de prisão, de abuso sexual mediante fraude.

Questionado se poderia ser considerado um caso como o de João de Deus, denunciado no final de 2018 por abuso sexual de mais de 300 mulheres, o delegado disse que sim. “São duas coisas. A princípio, pelo que vejo, se ele entorpece as vítimas com drogas seria estupro de vulnerável, mas se ele consegue manter relações mediante a mediunidade dele, seria crime de abuso sexual mediante fraude, similar sim ao caso de João de Deus. Não tenho acesso a investigação, por isso não dá para falar mais”, esclareceu o delegado.

O homem preso foi levado inicialmente para a 91ª DP, mas já encaminhado para a Casa de Custódia de Volta Redonda. O registro policial é o de número 091-01654/2019.

Polliciais cumpriram mandados de busca e de prisão – Foto: Divulgação

O A VOZ DA CIDADE tentou contato com a assessoria do Ministério Público do Rio de Janeiro para saber mais sobre o caso que segue em segredo de Justiça, mas não foi possível contato telefônico. O mesmo foi feito com o Ministério Público de Valença e ninguém atende as chamadas neste sábado.

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