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Presidentes de CDLs afirmam a necessidade de abrir as portas e pedem conscientização das pessoas

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE
Durante o fechamento do comércio em toda a região, muito se falou em prevenção a novos casos de coronavírus, mas, por outro lado, há a necessidade de sobrevivência dos lojistas e de seus funcionários. Algumas cidades já aderiram a flexibilização, deixando os comércios funcionarem. Os representantes da classe empresarial afirmam: as medidas estabelecidas para o funcionamento estão acontecendo e pedem que quem não precise comprar nada, não saia de casa.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Barra Mansa, Leonardo dos Santos, o comércio não é o vilão das aglomerações. “O que podemos fazer enquanto CDL é orientar nossos associados a seguirem a risca das medidas de prevenção a doença. As vendas em lojas físicas estão baixas, girando em torno dos 30%, nós precisamos abrir as portas para honrar com pagamentos, e manter empregos. O que vemos são aglomerações em filas de bancos, não no comércio, não somos vilões. Em Barra Mansa é comum que empresários e funcionários trabalhem lado a lado, então, estamos todos juntos na luta da manutenção dos empregos”, analisa o presidente, informando que já aconteceram cerca de 1,5 mil demissões no setor.
Leonardo ainda faz um alerta para os clientes. “Precisamos evitar aglomerações, só venham às lojas para comprar o essencial, agora não é hora de passeio e sim de conscientização. Utilizem as redes sociais, os deliverys para as compras cotidianas. Precisamos manter o equilíbrio entre combater o vírus e não matar a economia”, destaca.
Quem também se posicionou em Barra Mansa sobre a grande aglomeração de pessoas nas ruas foi o Sicomércio (Sindicato do Comércio Varejista). “As aglomerações nas principais ruas da cidade são geradas pelas agências bancárias, que estão pagando benefícios liberados pelo governo Federal para milhares de pessoas e o comércio, mesmo com as portas abertas em períodos curtos e alternados, está com suas atividades muito reduzidas”, explicou o presidente Hugo Tavares Nascimento.
Em Barra Mansa, as lojas funcionam através da divisão do comércio por cores – vermelho e amarelo. Um funciona das 9 às 14 horas e outro de 15 às 20 horas. No dia seguinte, é ao contrário. Além disso, é obrigatório o uso de máscaras para funcionários e clientes. As lojas precisam disponibilizar álcool 70%, gel ou líquido em spray; manter o local limpo e higienizado; limitar número de consumidores dentro da loja, além de manter distanciamento mínimo de dois metros entre pessoas e respeitar horário de funcionamento determinado pela prefeitura.
SEGUIDOS A RISCA
Victor Gonçalves, presidente da CDL Resende e Itatiaia, destaca que os procedimentos para a abertura do comércio, estabelecidos em decreto, estão sendo seguidos a risca, quem não seguir, poderá ter o alvará cassado. “Estamos orientando os nossos comerciantes a conscientizarem os seus clientes. O comércio precisou se reinventar e o delivery tem que estar presente sempre,pois temos que tornar um hábito dos consumidores para o período de crise, e pós crise. Os empresários que se adaptarem poderão tirar bons proveitos deste segmento, temos um novo normal e o delivery faz parte desta nova era”, destaca.
Victor também fala sobre a abertura consciente do comércio. “O tempo de duração da pandemia é indefinido ainda aqui no Brasil, temos que nos adaptar e não fechar completamente, temos que sobreviver. É um momento de união, muitos precisam do comércio, ele não é o vilão, ele é que segura a economia, se acabarmos com o comércio a degradação social é muito maior”, cita, informando demissões e empresas que já fecharam as portas.
Nas duas cidades os estabelecimentos autorizados a funcionar, podem abrir as portas de segunda a sexta-feira das 12 às 18 horas. É obrigatório a higienização frequente da loja, o uso de máscaras por funcionários e clientes, além da disponibilização de álcool gel 70. Também é necessário manter um metro de distância dentro dos estabelecimentos. Em caso de filas nas calçadas, é preciso organizar a espera, obedecendo o distanciamento de um metro e evitar aglomerações.
EIXOS EM VOLTA REDONDA
O comércio varejista de Volta Redonda ainda não reabriu. Isso acontecerá nesta segunda-feira, dia 11 e o funcionamento será das 14 às 22 horas. Para que as lojas reabram foram determinados seis eixos de avaliação diária que irão determinar as ações do governo da cidade. As condições são: o número de casos suspeitos não poderá aumentar em 5% por dois dias seguidos; ocupação de leitos no CTI não ultrapassar 50%; ocupação de leitos no Hospital de Campanha não ultrapassar 60%; grupo de risco permanecer em isolamento social; uso de máscara é obrigatório nas ruas; além de manter a proibição de qualquer tipo de aglomeração.
Atividades essenciais já estão acontecendo, além de atacado, escritórios administrativos, seguros e financeiras, barbearias e salões de beleza; bares e restaurante com 30% da capacidade. A feira livre já acontece nos dias de semana, das 6 às 14 horas.
Para os shoppings a data de funcionamento será a partir do dia 18, das 12 às 20 horas.
Segundo a CDL de Volta Redonda (CDL-VR) há uma orientação desde o início para medidas preventivas. “Mantemos nossos associados informados de todas as medidas, por meio das nossas redes sociais, site, e-mail marketing e grupos de mensagem, para que se protejam e também protejam os clientes. O vírus existe e precisamos nos prevenir, mas sem que a economia pare totalmente. Vidas e empregos precisam caminhar juntas”, afirmou o presidete Gilson de Castro.
Segundo ele, as aglomerações que têm sido vistas são por causa do movimento em bancos e casas lotéricas, na maioria das vezes, devido à liberação do auxílio emergencial, porque o comércio varejista continua fechado em Volta Redonda.
De acordo com Gilson, a expectativa é de que os consumidores saiam apenas para comprar realmente o que esteja precisando.
Sobre o novo horário de funcionamento, Gilson reforçou que as entidades foram contrárias ao período da noite. “Não fomos a favor desse horário noturno, por vários fatores como segurança nas ruas, horário de refeições, entre outros, mas não conseguimos ser atendidos pelo Poder Público. Orientamos os lojistas a trabalharem de acordo com o fluxo de clientes, evitando ficar abertos até muito tarde, se não houver movimento”, acrescentou, lembrando que a maioria das empresas também está trabalhando com o sistema de delivery ou drive thru para atender quem prefere ficar em casa.


 

 

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