Presidente paraguaio discute sobre construção de pontes entre o país e o Brasil

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A primeira viagem do presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que toma posse no dia 15 de agosto em Assunção, foi para o Brasil. Ele se reuniu ontem com o presidente Michel Temer para discutirem sobre a  construção de quatro pontes entre os dois países e a cooperação para o combate ao crime organizado, narcotráfico e lavagem de dinheiro.

“Falamos sobre a importância de melhorar nossa ligação. Temos projetos de construção de quatro pontes que vão ser fundamentais para aumentar nossa competitividade e conectividade. A última ponte construída entre Paraguai e Brasil foi há 53 anos, que foi a Ponte da Amizade. É inaceitável que com todo o comércio e oportunidades que temos juntos tenhamos apenas uma ponte”, disse Benítez.

O paraguaio disse ter visto vontade política do governo brasileiro para ampliar a ligação entre os dois países vizinhos e relatou que também conversou com Temer sobre a necessidade de fortalecer a ação coordenada em parceria com o governo brasileiro para combater o crime organizado,o  narcotráfico e lavagem de dinheiro.“O crime organizado é o que melhor se globalizou no mundo de forma eficiente. Tem que haver esforço compartilhado entre todas as nações para enfrentar com eficiência e eficácia esse flagelo”, disse.

O presidente eleito também falou em fortalecer os laços comerciais entre os países e o turismo de compras.

Segundo Abdo, o presidente Temer disse que irá ao Paraguai em 15 de agosto participar de sua cerimônia de posse. As eleições no Paraguai ocorreram em 22 de abril, quando Mario Abdo obteve 46,49% dos votos, e o segundo colocado, Efraín Alegre, conquistou 42,73%. A diferença foi de pouco mais de 95 mil votos.

Empresário do ramo de marketing, Abdo foi alvo de críticas durante a campanha eleitoral por causa da relação do pai dele com a ditadura militar de Alfredo Stroessner. Mario Abdo, o pai do presidente eleito, foi secretário particular de Stroessner. O presidente eleito chegou a afirmar que Stroessner fez muito pelo país, acrescentando que discorda das acusações de violação dos direitos humanos, tortura e perseguição cometidos durante o regime militar.

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