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Presidente de sindicato desmente boato sobre nova paralisação dos caminhoneiros

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE

Desde quinta-feira estão circulando nas redes sociais, principalmente no WhatsApp, áudios e textos informando sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros. Pedem nas mensagens que as pessoas estoquem alimentos em casa e encham o tanque dos seus veículos, pois o governo não está cumprindo os acordos. A paralisação aconteceria de domingo para segunda, dia 4. Quem representa a categoria na região é o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense (Sinditac). E, segundo o presidente Francisco Wilde, não existe nenhuma organização nesse sentido.

“Não tem cabimento outra paralisação. Nós dos sindicatos de todo o Brasil que negociamos estamos de acordo. Não há motivo para outra paralisação. Não sei de onde veio tudo isso. A nossa questão não é política e da parte dos 80 sindicatos que participaram das negociações junto ao governo, e não existe nada programado. Nem falamos sobre o assunto porque veio mais do que pedimos”, disse ele, completando que agora é a fiscalização nas bombas do novo valor do diesel com os R$ 0,46 a menos.

Para Wilde, o que prejudicava era a falta de repasse na bomba quando a Petrobras baixava um pouco o valor. Agora se os postos não seguirem estarão fazendo uma “apropriação indébita”. O que Wilde se refere é uma afirmação do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Maurun, que declarou que o governo vai obrigar os postos de combustíveis a repassar ao consumidor o desconto de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel.

Foi publicada hoje, em uma edição extra do Diário Oficial da União, portaria com as regras para a fiscalização dos preços nos postos de combustíveis.


NOTÍCIAS FALSAS

Nesta sexta-feira  o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha disse que os órgãos de inteligência estão atentos a vídeos e notícias falsas que incitam a retomada da paralisação dos caminhoneiros. Segundo ele, se for necessário, serão tomadas providências. “No momento certo, se for o caso, haverá ação do governo para que quem estiver incitando de forma infundada inverdades pague a responsabilidade que esse ato porventura decorra. Não vai ficar sem punição quem tentar descaracterizar a verdade dos atos praticados pelo governo”, disse em entrevista coletiva após a reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento, no Palácio do Planalto.

Padilha reforçou que pontos do acordo feito com os caminhoneiros já estão em vigor: a não cobrança de pedágio do eixo suspenso, em vigor desde ontem, a reserva de 30% de frete na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para caminhoneiros autônomos, e a tabela de preço mínimo para o frete. O desconto de R$ 0,46 por litro de óleo diesel deve chegar às bombas de combustível até esta segunda-feira.

GREVE NA REGIÃO

Em diversos pontos do país a greve foi realizada. Na região, os caminhoneiros ficaram durante dez dias parados em rodovias, mesmo após o acordo proposto pelo governo. Foi necessário a presença das forças armadas para garantir o direito de quem quisesse seguir. Assim, que ainda persistia, foi perdendo força e o movimento acabou na quarta-feira.

 

 

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