VOLTA REDONDA
O excesso de chuvas tem afetado os serviços de manutenção em Volta Redonda. Os temporais prejudicam desde a captação de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) Belmonte, até a pavimentação de ruas, avenidas e a conservação da cidade com os trabalhos de roçada e capina. Mesmo sob os desafios climáticos, as equipes da prefeitura têm trabalhado incessantemente para garantir a manutenção da cidade. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (SMI) tem se dividido entre reparos aos estragos causados pelas chuvas e os serviços rotineiros.
De acordo com dados da Defesa Civil de Volta Redonda, o município registrou precipitação de 337.4 milímetros nos primeiros dias de março, volume 95% maior do que em todo o mês em 2022. O índice é muito elevado, somente nos dias 10 e 11, o município recebeu 204,2 milímetros de chuva.
De novembro de 2022 a fevereiro deste ano choveu 1.593,2 mm na cidade, 55% a mais de todo o período de Alerta de Verão de 2021/2022 (do dia 1º de novembro a 31 de março), quando foram registrados 1.029,2 mm de precipitações pluviométricas. Para se ter uma ideia do excesso de chuvas, no período de Alerta de Verão de 2020/2021 foram 943,7 mm de chuva. Ou seja, este ano, a quase um mês do fim do período marcado pelos temporais, Volta Redonda já teve 68% a mais do volume de chuvas que em 2020. E a previsão de meteorologistas é que o período chuvoso siga até maio.
O grande volume de chuvas histórico e o forte calor (na casa dos 30°C a média) estimulam o crescimento da vegetação, que chega a crescer até 10 centímetros por dia. De acordo com a secretária de Infraestrutura, Poliana Moreira, o desafio neste período de verão é atender a grande demanda que surge.
“Estamos diariamente nas ruas com as nossas equipes, temos montado força-tarefa para atuação em áreas mais críticas, mas devido ao calor e à chuva, o mato cresce rapidamente. Além disso, estamos atuando em tapa-buracos, limpeza de ruas e retirada de entulho”, disse Poliana.
Turbidez e quedas de energia afetam abastecimento de água
As fortes chuvas também afetam o abastecimento de água. É que as águas dos mananciais chegam turvas à ETA (Estação de Tratamento de Água), devido ao carregamento dos sedimentos das margens pela enxurrada. Quando isso acontece, de imediato o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) inicia manobras para assegurar que a população receba a água tratada, dentro dos padrões de qualidade exigidos por lei, e evitar o desabastecimento.
As constantes quedas de energia provocadas pelos temporais também comprometem o fornecimento de água em bairros de Volta Redonda. O sistema de bombeamento é afetado, sendo necessários reparos que costumam demorar algumas horas para a retomada da normalidade.
“A chuva tem caído quase todo dia e isso atrapalha muito o andamento das obras em Volta Redonda, além de impedir a manutenção adequada. Mesmo assim, a cada trégua, nossas equipes aceleram para deixar nossa cidade melhor. Estamos trabalhando muito, sabendo que ainda temos muito a fazer”, disse o prefeito Antonio Francisco Neto.