Prefeitura inaugura monumento em homenagem ao historiador Claudionor Rosa

Por Cyntia Freitas

RESENDE

A prefeitura, por meio da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, prestou uma homenagem ao historiador Claudionor Rosa, falecido em 2019. Foi inaugurada nesta sexta-feira, dia 4, uma estátua do historiador em tamanho natural, na Praça do Centenário, localizada no Centro Histórico da cidade. Considerado um dos nomes mais importantes da cultura do município, Claudionor deixou um legado na cultura e história da Região das Agulhas Negras, formada pelos municípios de Resende, Itatiaia, Porto Real e Quatis. A inauguração do monumento foi marcada com a apresentação do Coral Vozes do Sagrado Coração, conduzida pelo regente Fábio Monteiro.

Claudionor Rosa transitou pela cultura resendense desde sua chegada à cidade nos anos 60. Esteve à frente de vários enredos da Escola de Samba de Campos Elíseos; assinou durante anos a coluna “Coisas Nossas, Nossas Coisas”, no extinto jornal “A Lira” e no A Voz da Cidade; trabalhou por muitos anos na Casa da Cultura Macedo Miranda, onde desenvolveu vários projetos que são mantidos até os dias de hoje.

Monumento de Claudionor Rosa foi inaugurado na Praça do Centenário-Raimundo Brasil/PMR

Para o diretor do Arquivo Histórico, Ângelo Tramezzino, que substituiu Claudionor na direção da instituição, o homenageado deixou um legado de amor à história de Resende. “Um dos grandes méritos dele, foi o de jogar luz em pontos esquecidos de nossa história, revelando passagens e personagens importantes que, até então, não tinham destaque em nossa história oficial. Claudionor enriqueceu nossos acervos e ampliou nossa visão sobre a história da cidade” revela Tramezzino.

A escultura em tamanho natural desenvolvida pelo artista Samuel Costa foi instalada em um dos bancos da Praça do Centenário, em frente a Biblioteca Jandyr Cesar Sampaio.

O presidente da Casa da Cultura, Thiago Zaidan, diz que esta era uma cena cotidiana na vida de Claudionor. “Antes de se dirigir para o trabalho na Casa da Cultura, ele subia a ladeira da antiga Câmara Municipal e ficava por alguns minutos em um dos bancos da praça, sempre pronto para um bate-papo ou para prestar alguma informação para os que solicitassem. Era realmente um ícone que já está eternizado não memória da cidade e agora vai ganhar um monumento que ressalta ainda mais isso”, conta o presidente.

MONUMENTO
O monumento de Claudionor se juntará a outros dois nomes da história de Resende que já possuem bustos no local: o poeta Luiz Pistarini e o jornalista Alfredo Sodré.

Homenagem contou com apresentação do Coral Vozes do Sagrado Coração-Raimundo Brasil/PMR

HISTÓRICO

Nasceu no dia 13 de março de 1941, na cidade de Guainases/SP. Paulista de nascimento, mineiro de criação – pois viveu em Corinto/MG até se mudar para Resende, aos 23 anos, e se transformar numa das maiores referências na pesquisa e na divulgação de nossa História e Cultura Popular.

Formado em direito, foi um dos fundadores da Associação de Escola de Samba e Blocos Carnavalescos de Resende, do Cordão Carnavalesco Chuveiro de Prata, incentivador das serestas e mobilizador da produção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi em torno da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Atuou no rádio, jornal e revista, comandava um programa na Rádio Resende AM e escreveu para os jornais A Lira e A Voz da Cidade, entre suas contribuições está a tradicional coluna Coisas Nossas.

Criou o Museu da Imagem do Som de Resende, inicialmente com uma coleção de vinis e depois reuniu equipamentos e diversos objetos antigos. Na década de 1990 transferiu esse acervo a Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda (em 2011, o MIS Resende foi criado por lei).

Nos últimos anos de vida, atuou à frente da Coordenação do Arquivo Histórico Municipal de Resende e além da salvaguarda dos documentos, desenvolveu ações de educação patrimonial como o projeto Cultura ao alcance de todos e a exposição ‘Finados Cultural’.

Entre as muitas temáticas que o Mestre Claudionor encampava, algumas ele demonstrava maior cuidado ou apreço, como a Ponte Velha, o Cine Vitória, o Hino a Resende, Luiz Pistarini, o 13 de julho, e a memória dos negros escravizados Agostinho, Amâncio e Estavão, que foram chacinados no dia 30 de abril de 1884.

Claudionor faleceu no dia 29 de março de 2019, deixou três filhos (Luciana, Luciano e Rodrigo) e um grande legado para as gerações futuras: a valorização de nossa História e de nossa Cultura.

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