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Prefeitura constrói baias para cobertura de galpão de Associação de Catadores de Reciclados em Resende

Por Cyntia Freitas
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RESENDE

Em breve, a Associação de Catadores Recicla Resende (ACRR), localizada no bairro Campo de Aviação, vão ganhar novas baias com cobertura para galpão de reciclagem. A prefeitura, por meio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos e da Agência do Meio Ambiente do Município (Amar), segue com a construção. As obras da nova infraestrutura, orçadas em R$ 94.621,99 provenientes de recursos próprios, começaram em novembro de 2018, por uma empresa especializada, que foi contratada a partir de licitação. O prazo para o término da construção foi estabelecido para meados deste ano. Com a construção, a Associação passará a ter quatro baias externas e cobertas, destinadas aos materiais coletados por segmentos de plástico, metal, vidro e papel, além do galpão coberto apropriado para os pneus inservíveis.

A ampliação da estrutura trará melhorias para o armazenamento temporário dos materiais recicláveis, facilitando o processo de triagem e a organização do espaço em geral. A Associação funciona em um espaço cedido pelo governo municipal, na Avenida Coronel Professor Antônio Esteves, nas proximidades da Área de Exposições Francisco Fortes Filho, na Morada da Colina. Desde 2009, em razão da parceria firmada entre a Prefeitura e a Associação, o município conta com o serviço de coleta seletiva de lixo, que arrecada uma média de 60 toneladas de materiais recicláveis por mês.

O presidente da Amar, Wilson Moura, explica como é realizado o trabalho de coleta seletiva na cidade. “Os materiais passam por uma triagem para a classificação de reciclagem, de acordo com suas características. O local possui equipamentos necessários para todo o processo de beneficiamento, isto é, reaproveitamento dos materiais recolhidos nos bairros, para uma destinação ambiental adequada. Os resíduos são transformados em matérias-primas, que serão comercializadas pelos 20 catadores cadastrados da entidade. Os materiais processados são enfardados em prensas a serem vendidos para as indústrias de reciclagem”, disse Moura, ressaltando a necessidade da reestruturação do local em questão. “A ampliação servirá para um depósito provisório mais adequado dos materiais, evitando a sua exposição ao tempo e o acúmulo de água, bem como a propagação de doenças, por exemplo, por possíveis criadouros do mosquito transmissor Aedes Aegypti. Atualmente, os materiais são armazenados em big bags- que são sacos plásticos de alta resistência para tal finalidade, dentro do galpão”, destacou. Ele lembrou que, além do espaço cedido, a Prefeitura disponibiliza apoio logístico para o trabalho dos catadores, por exemplo, os veículos apropriados, entre eles, caminhão-baú e o carroceria, para o recolhimento do lixo reciclável. O presidente da Amar acrescentou que as melhorias na Associação reforçam o compromisso com a responsabilidade social, frisando ainda que o grande papel da reciclagem é a preservação do meio ambiente. “A reciclagem é um processo que agrega o valor da sustentabilidade na sociedade e proporciona renda de sobrevivência para as famílias de 20 catadores na Associação, que foi constituída legalmente. Com as matérias-primas oriundas da reciclagem, as indústrias podem confeccionar novos produtos, objetos e embalagens, poupando o meio ambiente com a extração de novos recursos, tais como: o petróleo, os minerais, entre outros”, disse Wilson, acrescentando que o trabalho dos recicladores ainda evita o desmatamento com o corte de inúmeras árvores para a fabricação de papéis. “Para se ter uma ideia, a reciclagem de 1 mil quilos de papel evita o corte de cerca de 20 árvores. O trabalho da Associação é de grande valia para toda a sociedade resendense, por isso, temos que buscar o aperfeiçoamento dos mecanismos de beneficiamento, que gera renda a muitas famílias e também contribui para a manutenção da limpeza nas ruas”, completa.


MELHORIAS

Outra melhoria significativa é a construção de um galpão coberto na área dos fundos da Associação, onde ficam posicionadas as caçambas para pneus inservíveis. Todos os pneus descartados pelas borracharias e população no Ecoponto Pneus, no próprio endereço da Associação, são encaminhados para o procedimento de logística reversa, que faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. A legislação prevê a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. O descarte dos pneus pode ser feito no Ecoponto, entre 8 e 17 horas, de segunda à sexta-feira.

A partir de convênio entre a Amar e a Reciclanip – entidade ligada à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), a coleta é possível em Resende, que ainda serve como ponto de apoio para os municípios vizinhos: Itatiaia, Porto Real e Quatis. O recolhimento é feito pela entidade, através Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis. Por ano, são enviados uma média de 14 mil pneus da Região das Agulhas Negras, composta pelas cidades citadas, para a Anip.

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