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Prefeitura afirma que criança não foi agredida em escola

Por Mônica Vieira
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BARRA DO PIRAÍ

No final de semana, várias mensagens nas redes sociais pediam justiça pela morte do pequeno Geraldo Caetano Gonçalves Neto, de 11 anos, dizendo que o mesmo teria morrido por um câncer, mas antes teria sido agredido em uma escola municipal. O A VOZ DA CIDADE procurou hoje a assessoria da Prefeitura de Barra do Piraí, que garantiu que não houve agressão e que a instituição em nenhum momento foi procurada pela família para ser comunicada sobre a denúncia. A prefeitura qualificou o fato como uma notícia criminosa, que coloca em risco pessoas que não têm nenhum envolvimento com a morte do menino.

“Hoje (sábado) a tarde está triste pra mim e todos os meus vizinhos. Perdi um grande amigo, meu amigaço Geraldinho, um garoto que gostava de brincar, andar de bicicleta, fazer de tudo que uma criança gosta de fazer. Um garoto novo de apenas 11 anos, todo futuro pela frente, foi espancado no colégio onde estudava. Cadê as autoridades para tomar as providências, cadê o estado, isso não pode acontecer, isso é uma vergonha!!!”.

Essa é uma das dezenas de mensagens que se compartilharam nas redes sociais no sábado e domingo, dias 18 e 19. Geraldinho, que vivia com os avós, de 70 e 83 anos, no Bairro de Fátima, foi enterrado no domingo no Cemitério Portal da Saudade, em Volta Redonda. Ele foi diagnosticado recentemente com leucemia (câncer no sangue) e veio a óbito no Rio de Janeiro. Ele teve os primeiros atendimentos realizados no Hospital São João Batista e seguia o tratamento no Instituto Nacional do Câncer (Inca).


Conforme o assunto foi se espalhando, algumas pessoas começaram a desmentir o fato, assim fazendo com que o A VOZ DA CIDADE procurasse a prefeitura para se manifestar dos comentários e saber se a criança teria sido espancada, dias antes, no CIEP 284 – Nelly de Toledo Rocha, em que estudava, no bairro Califórnia, distrito de Barra do Piraí. “Não houve agressão na escola. O menino há algum tempo começou a apresentar fortes dores na cabeça e a família sempre foi comunicada. Em um determinado dia, ele não ficou bem e mais uma vez os avós foram avisados, indo até a instituição buscá-lo. Uma semana se passou e o colégio não teve informações sobre ele e nem conseguiu contato, fazendo com que uma funcionária fosse até a residência da família saber como ele estava”, disse a prefeitura por meio de sua assessoria.

Ainda segundo informações, os avós de Geraldinho disse a funcionária da escola que as dores não passavam e que o menino reclamava muito. “A pessoa orientou os dois que o levasse ao hospital, o que acabou sendo feito”, completou a prefeitura. “O que nos estranha é que a escola fez contato com a família por diversas vezes e em nenhum momento foi comunicada sobre agressão. Nenhum aluno da instituição, inclusive, procurou a mesma para contar qualquer coisa”, frisou. “Lamentamos a morte do jovem e também as denúncias sem fundamento que estão se espalhando nas redes sociais de forma criminosa. As pessoas devem ter cuidado porque isso coloca em risco vida de pessoas e, inclusive, neste caso, de pessoas que não fizeram nada, já que a morte veio ocorrer por motivos de doença”, disse a assessoria.

Como na segunda-feira foi feriado do Dia da Consciência Negra, a prefeitura trabalhou em regime de plantão. “Na terça estaremos apurando o caso e os envolvidos, tanto escola como família”, comunicou a prefeitura.

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