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Preço do gás de cozinha sobe nas refinarias e deixa consumidores apreensivos no Sul Fluminense

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

A Petrobras reajustou nas refinarias o preço do Gás Liquefeito de Petróleo de uso residencial (GLP-P13), conhecido popularmente como gás de cozinha, nesta terça-feira, dia 6. A partir delas os produtos chegam até os consumidores, sendo utilizados principalmente em residências e estabelecimentos comerciais. O preço de venda, na média nacional, sem tributos, nas refinarias da companhia, será equivalente a R$ 25,07 para envase em botijão de 13 quilos. Com isso, acumulará alta de R$ 0,69, ou 2,8% desde janeiro, quando passou a ter reajustes trimestrais. Alta acumulada em 2018 é de R$ 0,69, ou 2,8%. A Petrobras havia aplicado duas reduções nos preços, em janeiro e abril, e uma elevação, em julho. O novo preço representa um reajuste de 8,5%, ou R$ 1,97 em relação aos R$ 23,10 vigentes desde julho.

A desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP foram os principais fatores para a alta, segundo Petrobras. A referência continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5%.

O preço do produto tem variação entre cidades da região com custo médio a partir de R$ 66

As alterações geram ao consumidor o receio que ocorra aumento do valor do botijão nas revendas, uma vez que a tendência é que as refinarias repassem a elas o custo. A mudança de preço pode acontecer gradativamente em cada localidade, pois segundo os empresários do setor será quase inevitável que ao término do estoque atual comprado com o valor do GLP praticado desde julho, a nova remessa não absorva o reajuste atual. “Estamos numa luta contra o preço alto porque de fato o cliente reclama. Visamos o lucro, isso é fundamental, mas sabemos que se extrapolar não vende. Hoje, comercializo o gás de cozinha 13 kg a R$ 75 retirando no depósito. Supondo que seja inserido os 8,5% dado às refinarias no valor final, na revenda, o cliente deve pagar R$ 81,38. Espero que não ocorra dessa forma”, comenta o empresário Marcondes Nogueira, de Resende.

A dona de casa que é em grande maioria a gestora orçamentária da família brasileira já projeta prejuízos às vésperas do período de maior uso do forno do fogão com o Natal e o réveillon. “Eu costumo comprar do caminhão de entrega pagando R$ 80. Já ouvi relato de amigas que pagam até R$ 90. Uso dois botijões a cada quatro meses e somos quatro pessoas. Nesse valor que pode chegar, cozinhar os pratos do Natal e réveillon ficará caro. O jeito é fazer uma reserva para o fim de ano”, conta a dona de casa Maria das Dores da Cunha, 48, de Volta Redonda.


PESQUISA DE PREÇOS

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) orienta os consumidores através de pesquisas sazonais. O levantamento mais recente realizado pelo órgão ocorreu entre os dias 28 de outubro e o dia 3 deste mês. Em Barra Mansa, oito estabelecimentos de revenda de gás de cozinha foram pesquisados no dia 29 de outubro. Os fiscais estiveram nos bairros Vila Nova, Ano Bom, Boa Vista I, Cajueiro, São Luiz, Piteiras e em duas revendas no Saudade. O menor preço foi identificado na Vila Nova, com botijão de 13 kg a R$ 58,90. Os valores mais elevados foram registrados no Piteiras e Saudade, com revendas comercializando o botijão a R$ 70. Em média, o gás de cozinha é vendido em Barra Mansa a R$ 66,86.

Em Volta Redonda, sete estabelecimentos foram analisados pela ANP, na pesquisa realizada no mesmo período, consultando três revendas no Retiro e outras nos bairros Belmonte, Vila Brasília, Açude I e Vale Verde. Na Cidade do Aço o preço médio registrado foi de R$ 67,57, sendo o preço mínimo de R$ 65 em uma revenda no Retiro e o mais caro a R$ 72, em revenda situada no Vale Verde.

O preço do botijão de gás não sofreu alteração em cidades da região segundo pesquisa da ANP

Nas Agulhas Negras, a cidade de Resende teve seis estabelecimentos comerciais de revenda de gás de cozinha pesquisados pela ANP entre os dias 29 e 30 de outubro. Os preços constatados indicam a média de R$ 75,50, sendo este o mesmo valor mínimo registrado. O mais elevado foi de R$ 78. Foram dois estabelecimentos analisados na Itapuca e outros na Vicentina, Itapuca, Paraíso, Jardim Alegria e Liberdade. Na cidade cinco das seis revendas vendem o botijão de gás a R$ 75 e apenas uma na Liberdade comercializa a R$ 78.

No comparativo com a pesquisa anterior, ou seja, no período entre os dias 21 e 27 de outubro, não houve alteração no valor médio do preço do gás de cozinha nas revendas pesquisadas pela ANP em Barra Mansa, Volta Redonda e Resende.

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