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Preço da gasolina ultrapassa os R$ 7 em quatro estados brasileiros

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

De acordo com a última pesquisa de preços ao consumidor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizada entre os dias 15 e 21 deste mês, os postos de combustíveis de quatro estados do Brasil (Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins) registraram o preço máximo de R$ 7.

Em 2021, o preço do litro da gasolina acumula uma alta de 30,5% nos postos. Quem abastece com diesel vive a mesma realidade, o aumento acumulado do derivado no ano é de 24,2%.

Em Barra Mansa, os preços registrados estão entre R$ 6,60 e R$7,10.  A gerente de um posto de combustíveis, Sirlei de Oliveira Carvalho, destaca que o movimento já caiu pela metade. “Se comparado ao período do ano passado, tivemos uma queda de 50% do movimento. Muita gente tem andado a pé, ou de bicicleta. Até o preço das motos aumentaram, só o salário que não.  A primeira coisa que o cliente pergunta quando chega no posto é se a gasolina aumentou. Raramente alguém enche o tanque, só colocam R$30 ou R$50 e mesmo assim, o ponteiro mal mexe. Isso não é bom nem mesmo para os donos de postos, já que a margem de lucro também fica menor”, destaca a gerente.

FATORES DE AUMENTO

Um dos principais pesos para o aumento dos preços da gasolina e do diesel está num fator conjuntural do mercado internacional já bem conhecido: a valorização da ordem de 30% do barril do petróleo, fator que influencia diretamente nos preços dos combustíveis.


Os preços dos derivados no Golfo do México (EUA), mercado de referência para o Brasil (que é importador), estão em alta. A recuperação da demanda no mercado americano a partir do avanço da vacinação contra a covid-19 se reflete na valorização dos combustíveis.

Nessa equação, também é preciso considerar a desvalorização do real em relação ao dólar e o aumento das paradas programadas para manutenção das refinarias no primeiro semestre, o que reduz momentaneamente a oferta de combustíveis. No caso do diesel, vale destacar também que o setor agrícola tem ajudado a puxar o consumo do derivado para cima.

Os impostos também pesam no bolso: a tributação federal (Cide, PIS/Pasep e Cofins) responde por 11,6% e o ICMS cobrado pelos Estados por mais 27,8% do preço final do produto. A distribuição e revenda ficam com 11% e o etanol anidro, misturado à gasolina, responde por 16,3% da composição final do preço do derivado.

No caso do diesel, a fatia da Petrobras corresponde a 52,4% do preço final do produto ao consumidor; a distribuição e revenda respondem por 13,4%, o ICMS por 15,9%; os impostos e taxas federais por 7%; e o biodiesel por 11,3%.

Redução

O governo lançou este mês uma medida provisória que, dentre outros assuntos, permite a venda direta de etanol entre usinas e postos, sem necessidade de intermediação das distribuidoras; e flexibiliza a tutela regulatória de fidelidade à bandeira, medida que abre espaço para que revendedores vendam combustíveis de outra empresa que não aquela que estampa sua marca no posto. Pela regra, um posto bandeirado’ só pode adquirir e vender combustível fornecido pelo distribuidor com o qual possui acordo para exibição da marca. A ANP fiscaliza a execução desses contratos.

 

 

 

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