Posseiros e entidades sociais de Volta Redonda querem defender o Furban

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O Conselho Comunitário e vários movimentos sociais da cidade iniciaram nesta semana, um movimento pela defesa do Fundo Comunitário Municipal (Furban) e pelo retorno ao Conselho da líder Márcia Lobão e do engenheiro Nilton. Os reclamantes se queixam que, ambos foram cedidos para a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil e Secretaria Municipal de Infraestrutura (SMI) de forma autoritária; sem a realização de nenhuma consulta aos conselheiros; que são os verdadeiros representantes dos posseiros.
Ao A VOZ DA CIDADE, a direção do Fundo Comunitário de Volta Redonda explicou que o Furban não possui quadro próprio de funcionários, por isso utiliza os cedidos por outras secretarias e autarquias do município. Explicou ainda, que a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil solicitou o apoio de um engenheiro para cobrir as férias de uma engenheira.

Os posseiros e as entidades temem ainda o fim do Furban, que foi criado em 1993 com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população sem teto. Quando acabar com o Furban, a resposta do Furban não ficou clara. Lembrou apenas que, em 2017 a Prefeitura de Volta Redonda investiu 700 mil em contenção de encostas nas áreas de posse. Além do Programa Escritura Fácil, que visa realizar a regularização Fundiária no município.

Em reunião na sede do Furban, nesta semana, representantes do Conselho Comunitário do Furban e de vários movimentos sociais discutiram sobre as próximas ações a serem realizadas em defesa do órgão. Eles ainda marcaram um encontro com o prefeito Samuca Silva (Podemos), para a próxima terça-feira, 13, quando irão solicitar a volta dos conselheiros Márcia e Nilton em suas funções. Além disso, farão a entrega de um documento ao Chefe do Executivo. Trata-se de uma carta escrita e assinada, em São Paulo, pelas irmãs Dominicanas Lucia Muniz Telles e Vilma Stefani.
CARTA DAS IRMÃS DOMINICANAS

Na carta, as religiosas informam que, durante 30 anos trabalharam em Volta Redonda, apoiadas pelo bispo Dom Waldyr Calheiros, já falecido. “Nós dedicamos a urbanização das áreas de posse. Fundamos e desenvolvemos a Comissão de Direitos Humanos. Trabalhamos nas leis que criaram o Furban, na ocasião, era fato inédito, pois não tinha notícias de outro no Brasil. Com este, a Prefeitura podia vender os lotes urbanizados por preço simbólico. Era grande sonho dos posseiros. Hoje estamos pedindo que não destruam o Furban”. Resgatem seus valores. O Furban foi marco na vida da cidade. Entre seus valores estão seus funcionários que lutam por Justiça. É o caso da nossa irmã Márcia e Nilton”, concluíram as Irmãs Dominicanas.

A conselheira Márcia faz questão de lembrar que, o Furban é fruto da organização dos posseiros da cidade, com apoio da Igreja Católica e das Comissões de Direitos Humanos e de Posseiros Urbanos, o Fundo Comunitário (Furban) foi criado com o objetivo de promover o desenvolvimento social na cidade, através de projetos de urbanização de nos núcleos de posses entre outros. Só que, segundo membros do Conselho Comunitário da autarquia, o Governo Municipal está querendo acabar com a autarquia e tirar seus líderes do Conselho.

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