BARRA MANSA
No dia 17 de março do ano passado, a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão temporária de 30 dias, que depois foi revertida a preventiva, contra o ex-vereador José Renato de Oliveira, o Renatinho. O ex-parlamentar estava sendo investigado na morte do assessor Roberto Soares Teles, conhecido como Didio. Esse crime teria ocorrido em fevereiro de 2020. Preso desde o ano passado, a defesa de Renatinho conseguiu no último dia 7, terça-feira, a revogação da prisão preventiva, com monitoramento eletrônico.
A decisão do juiz Raphael Jorge de Castilho Barilli, da 1ª Vara Criminal, determina, além da tornozeleira eletrônica, diversos comprometimentos do ex-vereador, como a entrega do passaporte, o comparecimento bimestral na Justiça, a manutenção do endereço atualizado nos autos, proibição de ausentar-se da comarca, de Barra Mansa, por mais de cinco dias sem autorização da Justiça, recolhimento na residência a noite e nos dias de folga, proibição de aproximação e contato com as testemunhas do processo e a família da vítima.
O processo continua correndo na Justiça. Renatinho estava preso no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, pelo fato de ser um policial reformado.
O juiz na decisão, menciona que mesmo considerando “a gravidade do delito, sua repercussão social e a presença de indícios da prática deletiva”, a liberação de Renatinho não implicaria em riscos no processo. Citou o fato do ex-vereador estar preso a longo tempo, já estando encerrada a instrução atinente à primeira fase do júri, por isso não haveria riscos ao processo.
O CRIME
O assassinato de Didio ocorreu em fevereiro de 2020 no bairro Siderlândia. Ele chegou a ser socorrido por uma aquipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestou os primeiros socorros. Ele foi encaminhado para Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Teles levou três tiros no peito e teve uma parada cardiorrespiratória na unidade médica. A PM apurou que o criminoso teria chegado na casa de Roberto, o chamando. Quando a vítima atendeu, foi baleada e na sequência, o autor fugiu do local.
O processo diz que Renatinho é acusado de ter “concorrido de forma eficaz para que o comparsa efetuasse disparos de arma de fogo contra” Didio, ao “ordenar a execução sumária e dirigir o veículo automotor que levou o atirador até o encontro da vítima, causando-lhe a morte, conforme laudo de necropsia e esquema de lesões”.