População contribui com informações para que traficantes de Angra sejam localizados

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ANGRA DOS REIS

Trinta e nove ligações. Esse foi o número divulgado no início da tarde de ontem pela prefeitura, referente às informações anônimas registradas pelo Disk Denúncia (0300 253 1177), ocorridas no período conturbado vivido pela cidade, que teve início no dia 20 deste mês, quando traficantes de facções rivais entraram em guerra em Angra na disputa pelos pontos dos comércios ilícitos de várias comunidades. Em uma semana, a instituição cadastrou cerca de 34% do apanhado dos 31 dias. Foram 112 denúncias, quase todas referentes sobre traficantes, só em agosto.

Para a prefeitura, esses números mostram que a participação da população na tentativa da redução da violência tem sido de extrema relevância e desde janeiro esses números só têm aumentado. Foram 39 em janeiro, 32 em fevereiro, 50 em março, 58 em abril, 63 em maio, 78 em junho e 94 em julho.

“Dessas 39 informações recebidas pelo Disque Denúncia na última semana, oito são relativas ao Belém, enquanto cinco citam o Morro do Moreno”, informou a prefeitura, ressaltando que essas informações são repassadas pela população da cidade, seja pelo número telefônico ou através do APP Disque Denúncia RJ. “De acordo com essas denúncias, durante as recentes operações policiais no bairro do Frade, Belém e outras comunidades, alguns traficantes vem buscando refúgio em outros bairros do município e inclusive em outras cidades limítrofes”, disse a prefeitura em nota.

ATUAÇÃO DE TRAFICANTES

O município de Angra dos Reis vem registrando a atuação de traficantes de drogas que recentemente chegaram ao local e vem agindo em diversos bairros e comunidades existentes na cidade. No ano de 2018, das mais de 500 denúncias chegadas ao Disque Denúncia, mais da metade (258) está relacionada à atuação de traficantes no município. De acordo com o coordenador do Disk Denuncia, os bairros que mais receberam informações sobre a atuação dos traficantes foram Centro, Frade, Belém, Banqueta, Lambicada e Areal.

De um modo geral, pode ser identificado nos relatos que os traficantes, independente da comunidade ou área de atuação, agem de maneira hostil com os moradores e demais pessoas que frequentam os locais onde eles vendem as drogas, além de adotarem a postura de enfrentamento frente às forças de segurança que tem realizado constantes operações no município, visando inibir as ações dos traficantes.

Para Zeca Borges, coordenador do Disque Denúncia, essa ajuda é fundamental. “Sem o auxílio da população, a polícia pode pouco. As informações estão chegando cada vez mais e é sempre importante lembrar dos pilares do Disque Denúncia”, disse o coordenador, lembrando que o primeiro é o cidadão, ele vem confiando e trazendo a informação necessária.   “Depois vem a polícia que deve ter apreço pela informação do cidadão. O terceiro pilar é a imprensa, fundamental para a alavancagem dos fatos a fim de informar à população o resultado obtido com a denúncia”, assegurou.

 

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