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Polícia Civil deflagra operação para desarticular quadrilha especializada na subtração de petróleo e combustível

Por Mônica Vieira
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RIO/PAÍS

Policiais civis da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) deflagram, na manhã desta quarta-feira 23, a “Operação Ratoeira” contra integrantes de uma organização criminosa especializada na perfuração de dutos da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras, para subtração de petróleo e combustível. Ao todo, são dez mandados de prisão e 26 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Até o momento, cinco pessoas foram capturadas.

A ação é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro e conta com apoio de delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Polícia Civil do Espírito Santo.

As investigações tiveram início a partir da prisão em flagrante de dois integrantes da quadrilha no município de Magé, quando conduziam petróleo subtraído. Na ocasião, os aparelhos de telefone celular da dupla foram apreendidos e passaram a fazer parte do processo investigatório. Com o andamento da apuração dos fatos, os agentes identificaram os criminosos e as respectivas funções na prática das derivações clandestinas.


De acordo com os policiais, a estrutura do bando é formada por três núcleos. Um é o responsável por efetuar a perfuração nos dutos com uso de equipamentos próprios; o outro pela extração e transporte do petróleo e combustível subtraídos em caminhões; e o terceiro é composto por empresários receptadores do produto.

A comunicação entre eles é feita por meio de aplicativo de mensagens, no qual planejam estratégias de atuação, principalmente em áreas remotas e em horários noturnos. O grupo criado para as conversas da organização criminosa é denominado “BR Ratobras” e possui uma espécie de logomarca com a imagem de um rato portando um fuzil.

A DDSD vem atuando constantemente para coibir esse tipo de prática delituosa no Rio de Janeiro, onde as derivações clandestinas estão cada vez mais escassas em virtude dos intensos trabalhos investigativos da Polícia Civil. Nos últimos dois anos, essa modalidade criminosa reduziu 98%.

O furto de petróleo e derivados a partir da perfuração de dutos da Transpetro/Petrobras é classificado como um crime de alta periculosidade social. Além de causar prejuízos econômicos à empresa e, por via indireta, ao consumidor, cria um risco concreto de vazamentos, incêndios, explosões e danos ambientais, colocando em perigo as comunidades vizinhas às faixas de dutos e o meio ambiente.

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