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Polícia Civil deflagra operação contra quadrilha de tráfico de drogas na região; 39 presos

Por Mônica Vieira
a voz da cidade
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SAPUCAIA

Agentes da 109ª Delegacia de Polícia (DP) de Sapucaia, em conjunto com o 38º Batalhão de Polícia Militar (BPM), deflagram a operação “Eu Gosto Assim” contra uma quadrilha de tráfico de drogas que atua na região. A ação, que aconteceu nesta quarta-feira, dia 15, contou com apoio de outras unidades da Polícia Civil e da Polícia Militar, para cumprir 44 mandados de prisão. No total, 39 pessoas foram presas. Um dos investigados atacou uma criança de nove anos com uma paulada na cabeça, deixando sequelas.

Os alvos são das cidades de Sapucaia e Três Rios, além dos municípios de Chiador, em Minas Gerais, e Domingos Martins, no Espírito Santo. Nestas localidades, a operação contarou com apoio das polícias civis daqueles estados.


Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o grupo criminoso é ligado à maior facção de tráfico de drogas do Estado e busca estabelecer uma ramificação em Sapucaia, especialmente por se tratar de local estratégico, que faz divisa com Minas Gerais. O bando atua com separação de tarefas e divisões hierárquicas, e seus líderes agem de forma brutal, ordenando a morte de adversários e punindo severamente os integrantes que atuam de forma indevida.

De acordo com os agentes, o grupo atua no município desde 2021, e tem como característica a busca pelo monopólio da comercialização de drogas no município. Os líderes do bando alegam ter “registrado” Sapucaia junto à facção como uma espécie de “cartório do crime”. Tal status permitiria a exclusividade da distribuição de entorpecentes e a legitimidade para impor castigos ou até mesmo a prática de homicídios contra adversários que tentem traficar de forma autônoma na cidade.

Ainda segundo os policiais, a violência do grupo assustou Sapucaia, uma cidade com cerca de 20 mil habitantes. Relatos indicam que os criminosos tentavam implementar um poder paralelo na região, com frequente ostentação de armas de fogo, agressões a moradores e ameaças de morte. Havia, ainda, medo de represálias, como em um episódio em que um traficante tentou matar uma criança, de nove anos, por acreditar que a mãe dela estava filmando a ação da quadrilha. Ela levou uma paulada na cabeça e até hoje, tem sequelas.

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