Polícia Civil de São Paulo prende Fabrício Queiroz em Atibaia

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SÃO PAULO

Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso nesta manhã em Atibaia, cidade do interior paulista. Segundo a TV Globo, Queiroz estava num imóvel do advogado do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Frederick Wassef, e não resistiu à prisão. Além da prisão, policiais também fazem busca e apreensão no local. Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram expedidos pela justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura suposto esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

No momento desta publicação, Queiroz estava sendo para o Palácio da Polícia, no centro de São Paulo, para procedimentos legais. Ele deverá ser transferido ainda nesta manhã para o Rio de Janeiro.

Movimentação atípica investigada

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou movimentação financeira atípica de Queiroz. Ele movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Queiroz é amigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde 1984 e, segundo investigação do MP, recolhia parte dos salários de funcionários nomeados no gabinete (vários deles com fortes indícios de serem fantasmas.

Duas delas são Raimunda Veras Magalhães e Danielle, respectivamente mãe e ex-mulher de Adriano da Nóbrega, apontado pelo MP como chefe da milícia que controla a comunidade do Rio das Pedras, em Jacarepaguá.

Os salários de Raimunda e Danielle na Alerj somaram, ao todo, R$ 1.029.042,48, dos quais pelo menos R$ 203.002,57 foram repassados direta ou indiretamente para a conta bancária de Queiroz, segundo o MP. Além desses valores, R$ 202.184,64 foram sacados em espécie por elas. Segundo o MP, isso viabilizaria a “simples entrega em mãos” de dinheiro para o ex-assessor.

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