RIO
A 16ª DP (Barra da Tijuca) concluiu, nesta terça-feira, 26, o inquérito do atropelamento do ator Kayky Brito. As investigações constataram que o motorista estava abaixo da velocidade da via e dirigia o veículo a uma média de 48 quilômetros por hora no momento da colisão. A permissão no local é de 70 quilômetros por hora.
O laudo de perícia do Instituto Criminalista Carlos Éboli (ICCE) atestou que o condutor estava a menos de 10 metros do ator e 0,73 segundo de distância de Kayky, quando o mesmo iniciou a travessia na pista. De acordo com os peritos, para ter um tempo hábil de reação e tentar evitar uma possível colisão, a distância inicial entre condutor e pedestre deveria ser de mais de 26 metros.
– O laudo é esclarecedor e não restam dúvidas. A distância entre carro e vítima no instante em que ele inicia a travessia, mesmo a uma velocidade abaixo da permitida, era insuficiente para que o motorista percebesse, reagisse e parasse o veículo sem impacto -, explica o titular da 16ª DP, delegado Ângelo Lages.
O relatório final concluiu que o motorista não responderá por nenhum crime, já que, além da velocidade dentro do limite, não apresentou alteração no exame de consumo de álcool ou qualquer substância e conduzia o automóvel com atenção.
O delegado Ângelo Lages ressalta que o motorista realizou ações para evitar a colisão, apesar do pouco tempo para reagir e frear o carro.
– Entendemos que todos os elementos coletados em depoimentos, laudos e vídeos, além da atitude de socorrer a vítima, isentam o motorista de qualquer responsabilidade – informa o delegado.
A 16ª DP solicitará o arquivamento e encaminhará o inquérito ao Ministério Público, que posteriormente seguirá para a Justiça.