PM é denunciado pelo MPRJ por extorsão em Volta Redonda

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VOLTA REDONDA

Nesta semana, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), denunciou, um policial militar por extorsão, coação, falsidade ideológica e comunicação falsa de crime. De acordo com as investigações, os delitos ocorreram no dia 12 de maio deste ano, no bairro Padre Jósimo, em Volta Redonda.

Pouco tempo após ser libertado da prisão, ainda segundo a denúncia, na Operação Corruptio,  que ainda está em andamento, o policial e um comparsa não identificado foram ao encontro das vítimas e passaram a ameaçá-las com uma arma de fogo, exigindo R$ 40 mil para não matá-las.  O valor seria referente ao ajuste firmado antes da prisão do mesmo, quando restou acertado que traficantes enviariam quinzenalmente valores ao denunciado para que não fosse feita repressão ao tráfico na localidade.

Após a prisão do PM, o dinheiro combinado deixou de ser enviado, fazendo com que ele, após sua liberdade, praticasse a extorsão ora denunciada. A grave ameaça exercida pelos criminosos armados, acrescenta a denúncia, foi feita na presença dos filhos menores das vítimas.

Em nota, o MPRJ explicou que o policial militar deixou a casa onde foi feita a extorsão após acertarem que o pagamento seria feito três dias depois. “Quando ele e seu comparsa saíam do bairro, entretanto, foram interceptados por traficantes que iniciaram uma troca de tiros. O PM foi baleado no ombro e, para ocultar o episódio de extorsão, fez falso registro do acontecimento, tendo comunicado ter sido vítima de uma tentativa de homicídio nas imediações de sua residência – localizada a mais de quatro quilômetros do real local dos fatos. Por fim, após ter ciência de que era investigado pelos fatos acima narrados, ele passou a coagir as vítimas, ameaçando-as para que modificassem os seus depoimentos”, explicou o MPRJ, acrescentando que o militar já é réu em processos decorrentes da Operação ‘Corruptio’ por crimes de corrupção, formação de quadrilha e concussão, em contexto no qual se apurou que ele, ao lado de outros militares, recebiam vantagens econômicas para não reprimirem o tráfico de drogas em comunidades do Sul Fluminense.

Ele foi preso em razão da operação, mas posteriormente obteve o direito de responder em liberdade.

A denúncia pelos crimes de extorsão, coação, falsidade ideológica e comunicação falsa de crime foram enviadas ao Juízo da Auditoria de Justiça Militar do Estado do Rio de Janeiro, que novamente decretou a prisão preventiva do PM, cumprida na terça-feira.

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