RESENDE
O município deu início à participação no Plebiscito Popular 2025, com um ato público realizado no Calçadão de Campos Elíseos, que reuniu moradores e representantes de movimentos sociais, no sábado dia 2. Segundo o jornalista Álvaro Britto, do Coletivo Popular de Resende, a mobilização teve ótima receptividade, com 113 votos coletados no local, além de centenas de materiais distribuídos para comunidades e famílias.
O Plebiscito Popular é uma consulta simbólica à população, organizada por entidades e movimentos sociais em todo o Brasil. Em 2025, os temas em debate são: A redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1.
A proposta de que quem ganha mais de R$ 50 mil pague mais imposto, e quem recebe até R$ 5 mil fique isento do imposto de renda.
No Estado do Rio de Janeiro, uma terceira questão foi incluída: “Você é contra a privatização da água e do saneamento?”. “É importante todos se manifestarem sobre temas tão relevantes para a melhoria da qualidade de vida. Quanto mais votos, maior a chance das propostas se tornarem realidade”, afirmou Álvaro Britto, ressaltando que o plebiscito seguirá até o dia 7 de setembro, com diversas ações de coleta de votos em pontos estratégicos da cidade.
Nesta semana, as urnas do plebiscito devem ser levadas a locais de grande circulação, incluindo o terminal de ônibus do Centro, instituições de ensino superior, o bairro de São Caetano, novamente ao Calçadão de Campos Elíseos e no sábado, 9, à Feira da Cidade Alegria, na parte da manhã.
“O lançamento no sábado foi uma ótima abertura para ampliar o diálogo com a população. Várias pessoas que estavam sem documentos para votar na hora levaram panfletos para participar em outro momento, com calma. Nossa meta é mobilizar todos os bairros”, disse Britto.
Desde 2000, já foram realizados cinco plebiscitos populares no país. As edições anteriores debateram temas como a dívida externa (2000), a participação do Brasil na ALCA (2002), a privatização da Vale (2007), a concentração da propriedade da terra (2010) e o sistema político nacional (2014). Embora não tenham caráter oficial, esses plebiscitos representam uma ferramenta democrática de escuta popular.



