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Plano global para combater a Mpox requerirá us$ 135 milhões nos próximos seis meses

Em uma declaração emitida em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, destacou a necessidade de uma resposta internacional coordenada, especialmente diante da expansão do vírus além da África, alcançando a Europa e a Ásia

Por Andre
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NOVA IORQUE/GENEBRA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira um plano para controlar e conter o surto de Mpox, anteriormente conhecida como varíola M. A estratégia global exige um investimento de US$ 135 milhões ao longo dos próximos seis meses.

Em uma declaração emitida em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, destacou a necessidade de uma resposta internacional coordenada, especialmente diante da expansão do vírus além da África, alcançando a Europa e a Ásia.

Fase inicial e financiamento

O financiamento inicial será direcionado para a chamada “fase aguda” do plano, embora esse valor possa aumentar dependendo da evolução da crise. A OMS informou que em breve lançará um apelo global para arrecadar os fundos necessários.

A organização também sinalizou que seus parceiros poderão iniciar negociações para a compra de vacinas, mesmo antes da aprovação oficial.

Embora o vírus esteja circulando globalmente, a África continua sendo a região mais afetada, com destaque para a República Democrática do Congo, que, até o momento, já registrou mais de 16 mil casos suspeitos e 575 mortes este ano.

Em 14 de agosto, a OMS declarou a Mpox como uma emergência de saúde pública global, em resposta à rápida disseminação da variante clade 1b. Casos também foram confirmados em países vizinhos, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, além de locais mais distantes como Tailândia e Suécia.

Estratégias de vigilância e resposta

O Plano Estratégico Global de Preparação e Resposta à Mpox foi criado para interromper a transmissão entre humanos, por meio de ações coordenadas ao nível global, regional e nacional. O foco inclui vigilância abrangente, planos de resposta, e a garantia de acesso equitativo a tratamentos e vacinas.

A iniciativa conta com a participação de Estados-membros da ONU, Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças, pesquisadores e comunidades locais.

As ações seguem as recomendações da OMS, que priorizam vigilância, prevenção, prontidão e resposta coordenada.

Transmissão animal-humano e vacinação

O plano também visa avançar em pesquisas e garantir acesso equitativo a testes de diagnóstico e vacinas. Outro ponto crucial será a minimização da transmissão do vírus de animais para humanos, além de empoderar comunidades para atuarem ativamente na prevenção e controle dos surtos.

A OMS também direcionará seus esforços de vacinação para indivíduos em maior risco, como contatos próximos de casos confirmados e profissionais de saúde, visando interromper as cadeias de transmissão.

Globalmente, a prioridade será o fornecimento de liderança estratégica, orientação baseada em evidências e acesso rápido a tratamentos e vacinas para os grupos mais vulneráveis nos países afetados.

* Silas Avila Junior – Correspondente internacional

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