SUL FLUMINENSE
O Pix, sistema de pagamento instantâneo, que entrará em funcionamento a partir de 16 de novembro, será uma importante oportunidade para o país reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais, que somente de custo de logística totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a iniciativa deverá reduzir a necessidade de saques em espécie nas agências e nos caixas eletrônicos, o que também traz maior conveniência aos clientes bancários.
Para a entidade, o pagamento instantâneo, que permitirá transferências de dinheiro durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, em até 10 segundos, também dará uma nova lógica para as atividades comerciais e trará mais agilidade para quem compra e vende. “A economia tende a ganhar mais velocidade e ritmo, já que recursos entram e saem das contas de forma instantânea, podendo estimular mais investimentos e ganhos ao comércio. Há um grande potencial para auxiliar a economia num momento em que é importante a retomada do crescimento econômico”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.
O PIX permitirá pagamento de várias plataformas, como smartphones – Divulgação
SEGURANÇA NAS TRANSAÇÕES
No próximo dia 3 de novembro, o Banco Central fará uma fase de operação restrita, com um número limitado de usuários finais, para que os participantes do sistema de pagamentos instantâneos possam executar todas as funcionalidades da ferramenta. Participarão desta etapa todas as 762 instituições que foram aprovadas nas etapas de cadastro e homologação do Pix. O sistema estará disponível para todos os clientes a partir de 16 de novembro.
Para Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, o Pix é uma inovação que trará mais segurança e conveniência ao consumidor em suas transações financeiras, como já ocorreram com outras ferramentas, como tokenização, mobile banking e internet banking. “Essa medida é condizente com os investimentos que o setor bancário vem fazendo em modernização tecnológica, que no ano passado foram de R$ 24,6 bilhões”, argumenta.
LOJISTAS E CORRENTISTAS ANSIOSOS
A expectativa entre comerciantes e correntistas é alta com o Pix. Teve início no dia 5 de outubro o cadastro das chamadas chaves, informações para aderir à nova solução. Entretanto, o cadastramento pode ser feito a qualquer momento, até mesmo após o início de funcionamento do sistema. “Eu confesso que estou ansioso para ver isso tudo na prática, toda essa agilidade e eficiência. A principal expectativa é baixar meus gastos com o uso do cartão de crédito. Atualmente, quase 2% do faturamento fica para pagar taxas cobradas sobre operações com cartão de crédito e débito”, comenta o empresário Ricardo da Silva.
Para os correntistas pessoa física o Pix vai competir com o uso de operação com boleto, cheque, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC). “Quero agilidade e tudo sem taxa. O Pix permite transferências no feriado, final de semana. Já cadastrei as chaves e espero ver o sistema ativo”, afirma a secretária Samanta Faria.
