PF combate caça ilegal e comércio de animais silvestres em ação coordenada a partir de Angra dos Reis

Por Mônica Vieira
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ANGRA DOS REIS

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 17, a Operação Dia da Caça, uma ação de grande porte voltada ao enfrentamento da captura ilegal de animais silvestres e da comercialização clandestina da fauna nativa. A ofensiva é resultado de investigação conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Angra dos Reis e tem como foco uma associação criminosa atuante na região da Costa Verde.

Embora os mandados judiciais tenham sido cumpridos no município de Paraty, a operação é coordenada a partir de Angra dos Reis, onde a investigação foi instaurada e conduzida ao longo dos últimos meses. Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão foram executados, resultando na prisão em flagrante de duas pessoas por posse ilegal de armas de fogo, munições e manutenção de animais silvestres em cativeiro.

Durante as diligências, os policiais federais apreenderam três espingardas utilizadas para caça, diversas munições, armadilhas artesanais, além de equipamentos tecnológicos empregados para monitoramento noturno em áreas de mata. Também foram recolhidos quatro aparelhos celulares e uma câmera de visão noturna, que podem auxiliar no aprofundamento das investigações. Dois pássaros silvestres mantidos ilegalmente em cativeiro, das espécies bico-de-pimenta e pixoxó, foram resgatados.

Segundo a Polícia Federal, os investigados são suspeitos de atuar de forma recorrente na captura de animais silvestres como porcos-do-mato, cutias e pacas, especialmente dentro dos limites do Parque Nacional da Serra da Bocaina, área de preservação ambiental federal. Os animais abatidos seriam destinados à venda para receptadores, o que caracteriza crime ambiental qualificado, por ocorrer em unidade de conservação.

As investigações tiveram início em setembro de 2024, após o recebimento de informações que indicavam a prática constante de caça ilegal na região. Ao longo do trabalho investigativo, chamou a atenção dos agentes o caráter comercial da atividade criminosa, afastando a tese de subsistência ou consumo próprio. A apuração apontou que os envolvidos mantinham uma estrutura organizada, com uso de armas, armadilhas e tecnologia para facilitar a captura dos animais.

Além da apreensão de armas e petrechos de caça, a operação também busca reunir provas documentais e financeiras que demonstrem a movimentação patrimonial dos suspeitos, reforçando os indícios de associação criminosa voltada à exploração ilegal da fauna.

Os presos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Angra dos Reis, onde foram realizados os procedimentos legais. Após o pagamento de fiança, eles foram liberados e permanecerão à disposição da Justiça Federal, enquanto as investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a responsabilização criminal.

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