PIRAÍ
No dia 11 de outubro o ex-governador do Estado Luiz Fernando Pezão, em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, confirmou que foi convidado a integrar o governo de Cláudio Castro, reeleito governador, mas que daria a resposta se aceitaria após o segundo turno das eleições presidenciais. O cargo seria para a presidência do Instituto Rio Metrópole, responsável pelo planejamento da região Metropolitana do Estado. A resposta de Pezão foi curta. “Não quero”, falou. Ele está prestando consultoria para o setor de crédito de carbono.
Questionado sobre se poderia ter assumido o cargo oferecido no Governo do Estado já que foi cogitado que ele não poderia devido a uma determinação do então juiz do seu caso, Marcelo Bretas, que o impossibilitaria ocupar cargos ou funções públicas, o ex-governador disse que ele poderia sim e que essa decisão não vigora mais.
Na outra entrevista não escondeu que gostaria de retornar à política. Questionado novamente disse: “Só quero que julguem o meu processo”.
O ex-governador Pezão, natural de Piraí, foi condenado a 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão em junho do ano passado por corrupção. A sentença, publicada pelo juiz Marcelo Bretas, que atribuiu crimes que dizem respeito às operações Calicute, Eficiência e Boca de Lobos, todas desdobramentos da Lava Jato no Rio. Bretas considerou em sua sentença que Pezão, ex-vice-governador de Sérgio Cabral, deu continuidade aos crimes, após assumir o Governo do Estado. Ele foi preso em novembro de 2018 quando ainda estava no cargo. Em dezembro de 2019 deixou o presídio e passou a usar tornozeleira eletrônica.
A condenação está sendo recorrida no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) e Pezão tem esperanças de já conseguir derrubá-la, pois destaca não haver provas. Ainda reafirmou que os processos julgados por Bretas envolvendo políticos foram revertidos ainda no TRF1.