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Pessoas com deficiência de Volta Redonda aprovam e fazem sugestões ao projeto de revitalização da Rua 33

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA
As intervenções para garantir acessibilidade, previstas no projeto de revitalização da Rua 33, no bairro Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, foram o destaque da apresentação especial para pessoas com deficiência realizada na tarde desta terça-feira, dia 14, no auditório da prefeitura. O secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Pastor Washington Uchôa, organizou o evento e a descrição do projeto ficou a cargo do presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano ( IPPU), Abimailton Pratti da Silva. O prefeito Antonio Francisco Neto afirmou que o projeto já foi apresentado à um grupo de comerciantes, empresários e moradores. Da mesma maneira, disse que todos podem requisitar conhecer a proposta de tornar a via mais acessível e moderna.
MOBILIDADE URBANA COM ACESSIBILIDADE
As obras visam à mobilidade urbana com acessibilidade, modernidade, segurança e respeito ao meio ambiente. Estão previstas melhorias na via, no paisagismo, no mobiliário urbano e nos passeios públicos, onde mais interessa às pessoas com deficiência. O investimento na revitalização, que inicia ainda este mês, será de R$ 3,5 milhões.
Pastor Washington afirmou que o objetivo do Poder Público, com a criação da Secretaria da Pessoa com Deficiência, é estar próximo deste público e entender suas necessidades, garantindo o direito de ir e vir a todos em Volta Redonda. “Durante esta apresentação, por exemplo, recebemos sugestões que poderemos aplicar, já na revitalização da Rua 33, para adequar ainda mais o projeto para as pessoas com deficiência”, falou.
INAUGURAÇÃO DA SEDE DA SECRETARIA
Ele acrescentou que, a inauguração da sede da secretaria, às 11 horas, do próximo dia 21 de setembro, terça-feira, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, na Rua 17 de Julho, 18, no bairro Aterrado, vai permitir que encontros como este passem a ser periódicos. “É importante ouvir o nosso público alvo para criar políticas públicas eficientes”, acredita o secretário.
O presidente do IPPU focou a apresentação na acessibilidade, enquanto todo o projeto passava no telão, além disso, fez a descrição das imagens por conta da presença de um deficiente visual. Ele explicou que a acessibilidade é uma exigência legal e citou a implantação de piso tátil; o lixamento das pedras portuguesas nas duas laterais da calçada para que não tenha ressaltos; a interseção de nível entre a pista e a calçada, com o rebaixamento da guia e a criação de rampas; além da adequação das árvores para preservar o piso; a troca do mobiliário e a manutenção das vagas para deficientes. “O objetivo é que a Rua 33 se torne referência em acessibilidade e mobilidade urbana em Volta Redonda e que estas melhorias alcancem outros pontos da cidade. O próximo local a receber estas intervenções deve ser a Beira Rio”, citou o secretário.
BENEFÍCIOS TAMBÉM ÀS PESSOAS IDOSAS
Abmailton, lembrou ainda que estas adequações também beneficiam a pessoas idosas, com mobilidade reduzida e mães com carrinhos de bebê. “Enfim, a toda população, já que a Rua 33 é hoje abriga muitos estabelecimentos do setor de saúde, além do comércio”, acrescentou.
Thiago da Silva, que é deficiente físico e presidente do Cooperadores com Pessoas com Deficiência (Coopenea), elogiou o projeto e ressaltou a importância de garantir um piso liso para a circulação dos cadeirantes. “Além disso, é fundamental a demarcação das vagas para cadeirantes na Rua 33 e as rampas de acesso à calçada”, falou.
O presidente da Associação de Moradores do bairro Santa Cruz, Alex Sandro Bandeira de Andrade, que é cadeirante, também aprovou a revitalização da Rua 33. “Tenho apenas uma sugestão: a instalação de tomadas para recarregar as cadeiras elétricas nos pontos de ônibus”, disse.
IMPLANTAÇÃO DO PISO TÁTIL
Já Raoni Campbel de Oliveira, que é deficiente visual, destacou a implantação do piso tátil e a interseção de nível entre a pista e a calçada. “Se posso sugerir algo mais, seria a implantação de sinais trânsito sonoro nas duas extremidades da rua, onde já estão os sinais luminosos”, declarou.
A reunião ainda contou com representantes de entidades ligadas a pessoas com deficiência do município e com a intérprete de Libras, Eliete Guimarães Vasques, que faz parte da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e que coordena o projeto que garantiu acesso de surdos, pessoas com baixa visão e deficientes físicos no curso de Administração pelo Centro Universitário Geraldo Di Biasi (UGB-Ferp).


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