Pesquisa do Sebrae demonstra otimismo do setor de agências de turismo em relação ao fim de ano

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Barra Mansa

Faltando pouco mais de três meses para o ano acabar, é hora de planejar as viagens de final de ano e as férias escolares. Um fator que contribui para isso é o  aumento da imunização da população brasileira que tem alimentado boas expectativas nos donos de agências de turismo.

A segunda pesquisa ‘Os desafios das Agências de Turismo’ realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) aponta que 60% dos empreendedores vislumbram um aumento de faturamento até dezembro de 2021, contra 14% que acreditam que existirá uma queda.

Esse otimismo pode ser explicado pelo fato dessa ter sido uma das atividades do turismo que menos sofreu os impactos da pandemia. Quando analisado o segmento como um todo, 91% das empresas ligadas ao segmento declaram ter tido perda de faturamento, já quando se observa apenas o universo das agências, essa proporção cai para 56%.

Uma dessas entusiastas é Daniela Reis, sócia proprietária de uma agência de turismo, ela destaca que realmente existe a expectativa bem grande neste momento principalmente  por conta da reabertura de fronteiras importantes como Chile, e alguns países da Europa. “As vendas de réveillon aquecidas estão superaquecidas. É um momento de esperança de se conseguir chegar ao patamar que estava antes da pandemia e bastante esperançoso. As pessoas estão com sentimento de segurança pelo avanço da vacina, os protocolos estão diversificados e rígidos em relação a turistas vacinados e com apresentação de testes negativos”, avalia.

Falando em vacinação, Daniela destaca que sua agência, em específico, tem na terceira idade como seu maior público. “Infelizmente este público ainda está em stand by, pois seus filhos ou netos ainda não estão permitindo que eles viagem, ou estão aguardando a dose de reforço. Mas, em geral, seja família, ou grupos de amigos, tem procurado bastante por destinos do nordeste, seja para férias ou para o réveillon. Acreditamos que com a abertura de todas as fronteiras a tendência é melhorar ainda mais”, cita.

Sobre segurança ela destaca que é seguro viajar de avião, e as hospedagens estão seguindo os protocolos sanitários e a maioria está com capacidade reduzida.

MAIS DADOS

Dentro do universo da pesquisa, os resultados do recorte referente às associadas da ABAV – cerca de 2,2 mil em todo o Brasil, entre agências de viagens, operadoras de turismo e consolidadoras – revelaram que o emprego de profissionais qualificados e maior preparo dos empresários na gestão dos negócios fazem a diferença na travessia da crise.

  • O segmento é composto por 41% de microempresas, 29% de MEI e 21% de pequenas empresas
  • 60% das agências de turismo estão em atividade há mais de dez anos
  • As mulheres são maioria e correspondem a 56% dos empreendedores
  • 60% dos donos têm mais de 46 anos
  • A escolaridade é altíssima: 91% têm, no mínimo, o superior incompleto
  • Os principais produtos turísticos comercializados pelas agências são hospedagens em hotéis e pousadas, pacotes com aéreo, bilhetes internacionais e seguro-viagem
  • 55% das agências são emissivas

 

 

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