SUL FLUMINENSE
Desde o início da crise provocada pelo novo coronavírus 28% das micro e pequenas empresas fluminenses precisaram se adaptar à nova realidade e mudaram a forma de funcionamento, segundo estudo divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio de Janeiro (Sebrae Rio). A pesquisa Impacto do Coronavírus nos Pequenos Negócios do Rio de Janeiro abordou os impactos no faturamento dos pequenos negócios e como essas empresas estão se mobilizando para enfrentar a crise.
Entre as 28% que mudaram seu funcionamento, 49% optaram pela redução no horário de trabalho, 42% passaram para entregas delivery ou on-line, 18% começaram a trabalhar de home office, 11% adotaram rodízio de funcionários e 5% usaram o drive-thru. Essas medidas contribuíram para que 3% das empresas registrassem aumento médio de 30% no volume de vendas. O levantamento ouviu 396 empreendedores, entre os dias 3 e 7 de abril, dos seguintes segmentos: agropecuária, indústria, comércio e serviços.
No Sul Fluminense diversas empresas mudaram a realidade de suas atividades, principalmente as que tiveram restrição de funcionamento como o comércio varejista. O empresário Emanuel Edikleber passou a adotar com seu sócio o sistema de divulgação pela internet e encomendas por rede social com entrega delivery. “A única porta aberta era a virtual, estamos apostando em todas as ferramentas, colocando um preço mais acessível em alguns produtos, fazendo entregas sem custo na região próxima à loja”, comenta o comerciante que divulga produtos pelo WhatsApp e Instagram.
Durante a pandemia muitas empresas adotam o sistema de home office para seus funcionários. “Todos trabalham diretamente de suas casas, evitando a aglomeração no escritório e evitando circular pelas ruas. Tem dado certo, sendo esta metodologia a principal medida de mudança na minha empresa. É seguro e protege todos contra a Covid-19”, argumenta o empresário José Francisco da Silva.
MUDANÇAS NAS EMPRESAS EM TEMPO DE COVID-19
Durante a pesquisa, os empresários relataram preocupação com o momento atual. Levando em conta a situação, o estudo apontou que o empresariado brasileiro acredita que a economia vai ser retomada em 10 meses. Já no Rio de Janeiro essa expectativa vai se estabilizar em 11 meses. Para minimizar os impactos da crise, as empresas setoriais adotaram diversos modelos para se adaptar às restrições impostas pelo novo coronavírus.
Dos setores pesquisados, os números das empresas do comércio e de serviços reforçam a necessidade de se adaptar ao momento. No setor de comércio, 29% das empresas mudaram sua forma de funcionar; 44% funcionam apenas com delivery ou vendas on-line; 37% das empresas adotaram horário reduzido. Já no setor de serviços, 25% das empresas adotaram novas estratégias de funcionamento; 29% migraram para o teletrabalho; 42% optaram pelo horário reduzido.