Pequenas atitudes celebram a data e toram cotidiano mais leve

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BARRA MANSA

Atitudes como um abraço, um sorriso, um elogio ou uma palavra positiva são capazes de mudar o dia de alguém. Gentilezas tornam pessoas mais saudáveis, com relacionamentos melhores e mais produtivas no trabalho.

No dia 13 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Gentileza. A ideia de criar uma data para o tema surgiu numa conferência em Tóquio realizada em 1996, que reuniu grupos que propagavam o conceito pelo mundo. O movimento foi criado oficialmente em 2000 com a intenção de inspirar pessoas a criar um mundo mais gentil.

De acordo com a psicóloga Rosana Braga, quando se é gentil com os outros, o ambiente torna-se melhor. “Ser gentil é ser amável, agradável, elegante, cortês. Atos de gentileza tornam você aos olhos do outro um ser encantador, e digno de receber um tratamento semelhante. Pessoas solidárias têm menos probabilidade de sofrer de doenças crônicas, e seu sistema imunológico tende a ser melhor, porque existe uma relação direta entre bem-estar, felicidade e saúde”, destaca.

Segundo Braga, gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. “Para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo. Pessoas gentis praticam constantemente a empatia, são bons ouvintes e pacientes. Bem como, são capazes de pedir desculpas, quando descobrem que erraram, são solidários e companheiros. Procuram analisar as situações e serem justos. São capazes de resolver muitos conflitos, por terem um método apaziguador de lidar com questões. É preciso praticar a gentileza com todos, sejam seus subalternos, familiares ou amigos próximos. O tom de voz é tão importante quanto à palavra que dissermos, tente falar sempre com delicadeza”, analisa.

Vale a pena ser gentil?

Para a ciência, a resposta é sim. Em um estudo da Universidade da Califórnia, a psicóloga Sonja Lyubomirsky pediu aos participantes que praticassem ações gentis durante dez semanas. Todos registraram aumento na felicidade durante o estudo. Os que praticaram ações variadas, como se oferecer para ajudar a lavar a louça, fazer elogios ou segurar a porta aberta para um estranho passar, registraram níveis mais altos e prolongados de felicidade, em comparação com quem repetiu sempre a mesma atitude com diferentes pessoas. O mecanismo que explica essa relação foi mais esclarecido por um estudo da Universidade Hebraica, em Israel, de 2005. A gentileza está ligada ao gene que libera a dopamina, neurotransmissor que proporciona bem-estar.

PROFETA GENTILEZA

Empresário do setor de transporte de carga em Niterói, José Datrino (1917-1996), nascido em Cafelândia, no interior paulista, tornou-se Gentileza após uma visão do que acreditou ser o fim dos tempos, vendeu todos os bens e virou pregador de rua. Costurou um manto branco, pintou nele dizeres sobre bondade e beleza, deixou a barba crescer e decidiu cruzar o país. Foi chamado de louco e tomou eletrochoque, porque repetia que ‘o mundo é uma escola de amor’. Sua obra maior foi à pintura de 56 murais do viaduto Caju, que ele mantinha com mensagens sobre gentileza, natureza, amor, espiritualidade, males, capitalismo – contornadas pelo verde e amarelo da bandeira nacional.

Após sua morte, as mensagens foram pichadas e posteriormente apagadas pela prefeitura com tinta cinza. Graças a iniciativa de um professor universitário, organizou-se um movimento de restauração e tombamento desses murais.

 

 

 

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