VOLTA REDONDA
A Pedreira da Voldac, em Volta Redonda, vem se consolidando como um dos principais espaços de interesse científico, acadêmico e ambiental da Região Sul Fluminense. A relevância da área é comprovada pela produção de pesquisas e pelo uso contínuo como espaço educativo, reunindo artigos publicados, trabalhos de conclusão de curso e atividades abertas ao público.
Entre os destaques estão dois artigos científicos publicados na revista da Universidade de São Paulo (USP). O primeiro, em 2024, resultou de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) da área de Geologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O segundo, em 2025, foi desenvolvido por pesquisadores vinculados ao Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA). A pedreira também foi tema de dois TCCs de alunos do curso técnico em Meio Ambiente do Colégio Estadual Rondônia, realizados nos anos de 2022 e 2023.
Além da produção acadêmica, o espaço tem cumprido papel social e educativo. Desde 2019, cerca de mil pessoas já visitaram a Pedreira da Voldac, participando de atividades guiadas, estudos de campo e ações de conscientização ambiental. A área também tem sido debatida em seminários, palestras e mesas-redondas organizadas por integrantes do Movimento Pela Ética na Política (MEP), reforçando sua importância histórica e ambiental para o município.
Neste fim de semana, a pedreira ganhou mais uma contribuição acadêmica relevante. O estudante Luiz Antônio Neves apresentou seu Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Geraldo De Biasi (UGB-Ferp), em Volta Redonda, propondo a transformação do local em um espaço de recuperação ambiental com a implantação de um parque. O estudo foi orientado pelos professores Andrea Auad, Carlos Baião, Damiana Almeida e Denys Pio.
O projeto é baseado em pesquisas acadêmicas e no histórico da área e defende a requalificação urbana e ambiental da pedreira, aliando preservação, uso público e educação ambiental.
MUSEU A CÉU ABERTO
A proposta tem como eixo central a criação de um museu a céu aberto, voltado à proteção do patrimônio natural e à valorização da paisagem. O projeto prevê pavilhões destinados à cultura, à pesquisa científica e à arte, com uso de materiais reciclados e integração ao ambiente natural, respeitando a fauna e a flora existentes. Entre as espécies destacadas está a coruja-jacurutu, residente na área.
O trabalho também aponta a necessidade de um modelo de gestão específico, com participação do poder público, universidades e representantes da sociedade civil, além de estratégias para captação de recursos. A intenção é garantir a manutenção permanente do espaço e consolidá-lo como equipamento cultural, científico e ambiental de referência em Volta Redonda.
Durante a apresentação, José Maria da Silva, o Zezinho, destacou a contribuição da UGB para o debate sobre a área. Segundo ele, desde 2021 a instituição tem estimulado novos olhares sobre a pedreira, somando cerca de 12 trabalhos acadêmicos com propostas semelhantes. Para Zezinho, o projeto apresentadoconsegue assegurar a preservação da fauna e da flora do loca.
O coordenador das áreas socioambiental e socioeducacional do MEP, Pedro Paulo Bichara, também avaliou positivamente a iniciativa. Para ele, o estudo reforça a defesa histórica da entidade pela preservação da Pedreira da Voldac e contribui para proteger um espaço simbólico da cidade. “Os detalhes dão vida ao projeto e ajudam a preservar uma área histórica de Volta Redonda”, concluiu.
Pedreira da Voldac vira polo de estudos e inspira projeto de parque ambiental em Volta Redonda
Área soma artigos científicos, trabalhos acadêmicos e proposta de museu a céu aberto voltada à preservação e educação ambiental
A relevância da área é comprovada pela produção de pesquisas e pelo uso contínuo como espaço educativo – Divulgação

