Pedagoga orienta atividades instrutivas para as crianças nas férias

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AGULHAS NEGRAS
Após um ano letivo complexo, que alterou totalmente a rotina de professores, alunos e pais, com estes últimos assumindo um protagonismo maior dentro da tarefa educacional dos filhos, o período de férias também não tem sido normal para muitas famílias. A pandemia causada pelo Covid-19 ainda impede que o recesso seja aproveitado como antes, com viagens em família e horas de atividades ao ar livre em parques e praças.

Com todo esse cenário, onde a criatividade de pais e responsáveis pelas crianças parece se esgotar, a coordenadora do curso de Pedagogia da Estácio Resende, Carollini Graciani, dá dicas de como pais podem passar por esse período contribuindo para diminuir o estresse e ansiedade das crianças, sem deixar que o distanciamento social cause perdas na qualidade de vida e de diversão dos pequenos. “Muitos pais têm o hábito de dar o celular ou tablete para os filhos com desenhos ou músicas infantis como forma de distração. Isso não é o mais indicado, uma vez que a criança terá uma exposição às telas, o que é prejudicial para a visão, e passará muito tempo sentada sozinha, sem interação. Vai ter um momento para deixar que ela use celulares, tablets e computadores, pois existem jogos bacanas que podem ser utilizados, mas o mais importante é não usar a tecnologia exclusivamente. Os pais precisam organizar rotinas alternadas no dia a dia, variando entre diversas atividades”, afirma.

Diversas atividades podem ser elaboradas permitindo momentos prazerosos com as crianças – Divulgação

Uma dica da pedagoga é introduzir a leitura como uma atividade prazerosa. Como incentivo, os pais podem aproveitar o momento para contar histórias ou ler com eles antes de dormir. Ouvir e dançar junto músicas infantis também é diversão garantida. “O ideal é realizar atividades práticas em que a criança ponha a mão na massa, experimente, desenvolva o diálogo e o raciocínio, até porque se continuarmos no ritmo que estamos de aula remota, a criança continuará aprendendo pelo computador e isso já é estressante. Até que as aulas retornem normalmente, ela vai ficar sentada muitas horas diante do computador, sem exercitar-se. Então, é hora de sentar com elas no chão, correr no quintal, desenvolver atividades em que ela se suje”, indica Carollini.

A seguir, a pedagoga lista algumas atividades que podem ser desenvolvidas sem dificuldades, permitindo momentos prazerosos, sempre com supervisão e participação do adulto não só para garantir a segurança, mas para interação e afetividade com os filhos:

– Desenho, pintura, recorte e colagem – peça para a criança desenhar livremente ou dê sugestões como desafio para que ela desenhe. Use tinta guache e ou outros materiais. Pegue revistas velhas ou jornais para que ela corte imagens e palavras e faça sua colagem;

– Jogos – Opte por jogos educativos, onde a criança brinca e faz um reforço de aprendizagem. Se não quiser gastar comprando jogos é possível fazê-los com a criança;

– Confecção de brinquedos – Com cartolina, papelão, caixa de sapato, embalagem de ovo. Tudo vira brinquedo com um pouco de imaginação;

– Brincadeiras ao ar livre – para quem tem quintal em casa, o momento de sol, nos horários adequados, é propício para brincar na piscina ou banhos de mangueira;

– Atividade física também é necessária – Correr, pular, brincadeiras com obstáculos e bola;

– Culinária – colocar as crianças para participarem das receitas em família é um estímulo até mesmo à alimentação saudável;

– Escrita – às vezes incentivamos a leitura, mas esquecemos de exercitar a escrita. Peça para a criança escrever frases, cartinhas, histórias de gibi por exemplo.

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