BARRA MANSA
O Projeto da Patrulha da Mulher, viabilizado pelo prefeito Rodrigo Drable, trouxe desde junho um trabalho mais específico quando o assunto é agressão doméstica. Os números mostram aumento nos registros de denúncias, além de duas prisões, sendo uma, em flagrante de delito. Até o momento, já foram feitas 180 rondas em todos os bairros, inclusive nos distritos. A iniciativa possibilitou atendimento a 20 mulheres em situação de violência doméstica, sendo que quatro delas, registraram ocorrência na 90ª Delegacia de Polícia (DP). Os casos de necessidade de atendimento específico foram encaminhados para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
A guarnição da Patrulha da Mulher é composta por dois guardas municipais e um policial militar, necessariamente um agente é do sexo feminino. O objetivo é ser um canal de denúncia dos casos de violência contra a mulher, além de fiscalizar e punir quem comete qualquer tipo de crime nesta natureza. O serviço pode ser acionado pelo WhatsApp (24) 98147-9229, ou pelo telefone de plantão da Guarda Municipal (24) 3028-9339.
Uma das idealizadoras do projeto, a guarda municipal Priscila Rocha, destacou a importância da patrulha e falou sobre os caminhos para reduzir o número de ocorrências. “Diariamente acompanhamos vários casos de mulheres que são vítimas de diversos tipos de violência: física, moral, financeira, patrimonial e psicológica. Nós estamos aqui para dizer que essas mulheres não estão sozinhas. Inicialmente, a tendência é aumentar o número de denúncias, porque muitos casos ficam ocultos. E naturalmente, com o tempo, deve diminuir as ocorrências, pois a efetividade do atendimento e as prisões passam a inibi-las”, disse Priscila.
Ocorrência de ameaça registrada na delegacia
Na tarde da última segunda-feira, dia 12, a Patrulha da Mulher foi acionada para prestar atendimento no bairro Monte Cristo. Em conversa com a vítima de 39 anos, que está grávida de seis meses, foi apresentado a Guarda Municipal áudios e conversas no WhatsApp, nas quais o ex-companheiro fazia diversas ameaças de morte.
Inicialmente, a vítima demonstrou resistência para registrar a ocorrência, e foi encaminhada ao Creas. Após o atendimento foi orientada a efetuar o Registro de Ocorrência na delegacia e solicitar medida protetiva.