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Pascoal Meirelles faz tributo a Tom Jobim com shows em Penedo neste final de semana

Por Cyntia Freitas
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ITATIAIA

O instrumentista e compositor, Pascoal Meirelles faz um tributo em homenagem ao maestro Tom Jobim, que no próximo dia 8 completa 30 anos de falecimento. Acompanhado pelo contrabaixista, André Neiva e do guitarrista, João Castilho, Pascoal apresenta o show “Todos os Tons”. O espetáculo celebra também em grande estilo a vida e obra de Pascoal Meirelles, que completa 80 anos de idade e 60 anos de carreira.

As apresentações acontecem nesta sexta-feira, dia 29 e no sábado, dia 30, sempre às 20 horas, no Jazz Village Bistrô, localizado na Rua Toivo Suni, 33. Reservas: (24) 3351-1275; WhatsApp (24) 99330-0168.

Pascoal conta que o show é um mergulho no legado do maestro soberano. “O Tom influenciou e me deu coragem para assumir o meu lado compositor. Aprendi com ele que a simplicidade das melodias são fundamentais para comunicar com o grande público”, comenta Meirelles.

No repertório, os maiores sucessos do saudoso maestro. Dentre elas, “Triste”, “Só danço o Samba”, “Brigas nunca mais”, além da autoral “Tom”, entre muitas outras composições inesquecíveis. “A música brasileira é uma mistura tão peculiar, que até quando ela importa um determinado gênero, como o caso do jazz, ela transforma em algo único. Também chamado de música instrumental brasileira, o nosso jazz é um ótimo exemplo da criatividade e talento dos nossos artistas, que fazem caber dentro de um único estilo, todos os ritmos como o samba, o maracatu, o frevo e muitos mais: qualquer um dos citados lá em cima podem ter a melodia incorporada à improvisação típica do jazz, sendo reconhecida mundialmente como um novo e próprio estilo musical”, completa.

PASCOAL MEIRELLES

O instrumentista belo-horizontino criou grupos importantes como o “Tempo Trio”, ainda em sua cidade natal, ao lado de Paulinho Horta e Helvius Vilela. Do alto de seus 18 anos, teve a primeira oportunidade profissional quando um “olheiro” da gravadora Odeon convidou o grupo para gravar um LP no Rio de Janeiro. No ano seguinte, muda-se para a Cidade Maravilhosa e rapidamente é contratado para fazer parte da orquestra de Paulo Moura, acompanhando a cantora Maysa em sua volta ao Brasil.

Os convites para gravações nos trabalhos de Ivan Lins (“Madalena”), Edu Lobo (percussão sinfônica em “A guerra dos Canudos”), Chico Buarque (“O Grande Circo Místico”), João Bosco (“Galo de Briga”, “Incompatibilidade de Gênio” e “Tiro de Misericórdia”) além de quase toda a MPB, só aumentavam. Através do Boni, então diretor da TV Globo, ganhou uma bolsa de estudos para graduar-se em composição e arranjos, na Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos.


Ao longo das suas seis décadas de carreira, lançou 18 discos autorais, dois livros didáticos sobre o instrumento (“A Bateria Musical” – Ed. Irmãos Vitale e “Canon para Edison Machado” – Independente) prêmios nas categorias melhor arranjador, melhor álbum instrumental brasileiro, além do seu “tesouro”: seu primeiro prêmio como baterista revelação indicado por Hélcio Milito (Tamba Trio), aos 15 anos de idade. Meirelles ajudou a desenvolver, ao lado de outros gigantes, o que ainda hoje está em transformação: a bateria musical brasileira.

JOÃO CASTILHO 

Nascido no Rio de Janeiro, o guitarrista e violonista João Castilho começou a tocar aos nove anos. Entre gravações, produções e shows pelo Brasil e exterior, já atuou ao lado de artistas como Maria Bethânia, Djavan, Ed Motta, Lisa Nilsson (Escandinávia), Ivan Lins, Eumir Deodato, Roberto Carlos, Simone, Leny Andrade, Sandra de Sá (da qual também foi diretor musical), Nana Caymmi, Zé Renato, Daniel Boaventura, Sandy e Júnior, João Caetano, Mads Vinding (Dinamarca), Ivete Sangalo, entre outros.

Com vasta discografia onde atua como guitarrista, violonista, arranjador e diretor musical, além de ser responsável também por trilhas sonoras para teatro e programas de TV, com destaques para “Casa Brasileira” da GNT (como colaborador do pianista Fernando Moura) e para a peça “Maldito Coração – me alegra que tu sofras”. Seus discos autorais são: “Equilibrium”, “Percepções” e, ao lado do grupo Foco, lançou os discos “Grupo Foco” e “Tempo bom com chuva”. No momento está trabalhando em seu novo projeto que será lançado ainda neste ano.

É autor do livro “Estudando Improvisação – a teoria explorada de forma musical”, uma nova abordagem em relação à prática da improvisação musical. Também publicou pela editora Lumiar a versão guitarra e violão do livro “Toque Junto”. Atualmente, está em turnê com Djavan em seu novo show, Vesúvio.

ANDRÉ NEIVA

O nome André Neiva aparece em mais de duzentos CDs e DVDs, tendo trabalhado como produtor, arranjador e músico ao lado de Gal Costa, João Bosco, Jorge Vercillo, Tim Maia, Airto Moreira, Flora Purin, Cama de Gato, Milton Nascimento, Diogo Nogueira, Tunai, Baby do Brasil, Nelson Faria, Léo Gandelman, Billy Cobham, Don Grusin, Victor Biglione, Ricardo Silveira, Cristóvão Bastos, Moraes Moreira, Zé Ramalho, Alceu Maia (Choro Elétrico) Jorge Aragão, Blitz, Márcio Montarroyos, entre muitos outros.

Tem uma forte presença na música Gospel tendo gravado com mais de 70 artistas, entre eles: Carlinhos Felix, Eyshila, Jossana Glessa, Cristina Mel, Mara Maravilha, Adilson Silva, Beto Byron, Graça e Paz.

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