Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos completa oito anos de criação

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RIO CLARO

Recentemente, o Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos completou oito anos de criação. Contabiliza desde então, 80 mil visitantes no período, 20 mil alunos atendidos no Programa Educativo Cultural, 86 eventos culturais realizados além e bater o número de 10 mil visitantes pelo 3º ano consecutivo.

Para comemorar a data, uma grande festa junina foi realizada com atividades para crianças, jovens e adultos no espaço cultural e educativo da Light em Rio Claro. A programação ainda contou com brincadeiras para todas as idades, DJ tocando as músicas do repertório que anima as festas juninas, apresentação de sanfoneiro, comidas típicas e visita teatralizada.

A analista de Recursos do Instituto Light, Thaís Zambzickis Pinho, destaca que nesses 11 anos de projeto, oito de inauguração e três de planejamento, os objetivos estão sendo alcançados e melhorados a cada dia mais. “No início quando o projeto foi idealizado ele focava mais no resgate histórico da cidade e proporcionar ao público o contato com essa história. Hoje em dia o Parque atingiu outros patamares múltiplos: visitação escolar, ensaios fotográficos, momentos em família, de relaxamento, contato com a natureza. É uma área de lazer incrível e sendo frequentada cada vez mais”, citou.

O programa de visitação escolar, de acordo com Thaís, além da história, aborda a consciência energética. “Através do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica, podemos agregar ao programa mais conceitos sobre distribuição de energia com eficiência, dicas de como se evitar desperdícios, precauções com energia. Além da educação, visamos contribuir com o crescimento consciente desses alunos”, destaca, acrescentando que o circuito de qualidade traz experimentos para tornar o aprendizado lúdico. “Cada vez mais as escolas tem modificado a forma de ensino pela experiência, é um novo olhar. Tudo isso com qualidade, gratuito e com cenário de beleza fora do comum”, citou.

O parque

Localizado a 128 km da capital fluminense, conta com 930 mil metros quadrados. Historiadores, museólogos, arqueólogos, arquitetos, paisagistas, passaram quatro anos dedicados à missão. Além de trilhas e das ruínas históricas da ex-cidade – passeio que dura cerca de 40 minutos –, os turistas encontrarão um Centro de Memória que conta de forma lúdica o passado, além dos resultados das pesquisas históricas e arqueológicas. Há ainda um anfiteatro e cafeteira, tudo com acessibilidade.

O Parque é um grande atrativo turístico na região, com visitas guiadas e programas educativos nas escolas, que leva estudantes e familiares ao local. Além disso, o desenvolvimento do parque gerou emprego e economia. O quadro de funcionários do parque é formado, em sua maioria, de pessoas que moram no entorno do local.

Quem gosta de observar pássaros, o Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos é o local ideal para isso. Já que serve como ambiente para estudos de universitários, como o estudo de répteis ou estudos limnologia, que estuda a vida de dentro do lago.

HISTÓRIA

Uma cidade que em seu auge do Império, em 1870, alcançou 20 mil habitantes, cidade rica, formada por 72 fazendas, uma igreja matriz revertida com ouro, teatro, conjunto arquitetônico que misturava colonial e barroco. Tudo isso localizado estrategicamente próximo ao porto de Angra dos Reis, contribuindo para que a cidade fosse uma grande produtora e negociadora de café do período. Assim era São João Marcos, a primeira cidade do Brasil a ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e que foi destombada para que suas terras fossem inundadas para a ampliação da represa de Ribeirão das Lages, que teve sua construção entre 1906 e 1908. O conjunto arquitetônico urbano foi o segundo tombamento, em geral, realizado pelo Iphan.

Por cerca de 70 anos, toda essa história ficou submersa. O Instituto Light buscou formas de trazer a tona toda essa riqueza cultural, e em 2011, com a criação do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos. Entre 1939 e 1940, época em que a cidade, foi esvaziada, ela já não era considerada tão importante. Com a abolição da escravatura, houve um grande declínio econômico e populacional, e nessa época, a cidade contabilizava cerva de quatro mil habitantes.

Historiadores pesquisaram a fundo sobre a história e apontaram que fica muito claro o pedido de Getúlio Vargas sobre a viabilidade de aumentar a capacidade de água da capital do estado.

Em 2007, a gestão da Light começou a pensar no que poderia fazer para resgatar a história. Foram quatro anos de projetos, estudos e captação de recursos e de mão de obra, para em 2011 inaugurar o espaço, restaurando o centro histórico, e transformando o local num grande centro de arqueologia, cultura e de preservação ambiental.

Hoje é possível ver o traçado de algumas casas, ruínas da igreja matriz, cemitério, entre outros. Há dois circuitos de visitação: O primeiro, com três quilômetros de extensão é possível caminhar pela Estrada Imperial, observando muros de arrimo, pontes de pedra, canjicado, (pedrinhas sobrepostas) e o sistema de drenagem de água da época. Através do projeto educacional, os alunos fazem o trajeto acompanhados por guias e pedagogos.

Já no segundo circuito, com apenas um quilômetro, é possível caminhar pelas ruas do centro histórico de São João Marcos, e ver a base das casas, arruamento, calçada, baldrames de entrada, estruturas da casa do Capitão Mor, igreja principal, teatro.

Próximos eventos

  • Espiritualidade e meio ambiente (29 de junho)
  • Rock no parque (13 de julho)
  • Colônia de férias São João Marcos (17 a 21 de julho)
  • Hiphop São João Marcos Fest (10 de agosto)
  • Festival São João Marcos (21 de setembro)
  • Ciclo de plantio, colheita e feira da solidariedade (4 vezes ao ano, a depender da safra)
  • Olimpíadas da diversão e aventura (12 de outubro)
  • Encontro de juventude Afro (9 de novembro)
  • Natal São João Marcos (21 de dezembro)

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