Parceria entre FOA e Prefeitura de Volta Redonda pode ser ampliada para além da contratação de médicos

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VOLTA REDONDA

Uma equipe do Hospital Municipal Munir Rafful (HMMR), o Hospital do Retiro, já tem visitado outras unidades para conhecer experiências de gestão em parcerias público-privadas implementadas no setor da Saúde. Vale lembrar que nesta semana, o prefeito Antonio Francisco Neto anunciou uma parceria com a Fundação Oswaldo Aranha (FOA) para ampliar o atendimento médico em Volta Redonda.

A união contempla os atendimentos no anexo do HMMR para pacientes internados com Covid-19. No entanto, há conversas para que essa parceria seja ampliada. Também nesta semana, o presidente da FOA, Eduardo Prado, e a diretora do Hospital do Retiro, Márcia Cury, se reuniram para alinhar os detalhes da parceria. O projeto faz parte da reestruturação que o governo municipal tem feito na Saúde de Volta Redonda.

No início do ano, o Hospital do Retiro apresentava condições inadequadas para atendimento à população, como a falta de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, técnicos de enfermagem e profissionais de apoio – todos fundamentais para o funcionamento de um hospital. “Foram constatados leitos de CTI, Enfermarias e Laboratórios de Análises Clínicas desativados. Raio-X sem condições de funcionamento, Pronto-Socorro e Sala Vermelha (destinada a pacientes graves) sem condições para atendimento. Somado a isso, falta de equipamentos essenciais como ventiladores mecânicos, monitores cardíacos com oximetria, medicamentos e insumos farmacêuticos”, citou a diretora do HMMR, Márcia Cury. Ainda de acordo com ela, quando assumiu a direção da unidade, o hospital não tinha condições de atender as necessidades de pacientes Covid-19 que precisassem usar o oxigênio. “Encontramos uma Usina de Oxigênio que não seria capaz de atender as necessidades da população. Foram adquiridos equipamentos, como ventiladores mecânicos, catéter nasal de alto fluxo, fluxômetros (necessários para se usar o oxigênio nos leitos), monitores cardíacos com oximetria, aparelhos para medir gases sanguíneos (gasometria), glicemia capilar, medicamentos e insumos farmacêuticos em regime de urgência e equipamentos de proteção individual (EPI)”, afirmou Márcia.

Enfrentamento da pandemia
Em março, com o aumento no número de casos de infecção por Covid-19 com indicação de internação, pela primeira vez o Hospital Regional não teve leitos suficientes. Diante desta situação, a direção do Hospital do Retiro se ajustou para não deixar os pacientes sem assistência.

“Foram destinados 46 leitos de Enfermaria, quatro leitos de UI – destinados a estabilização de pacientes com complicações na Enfermaria – e 10 leitos de UTI para atendimento a pacientes graves, vítimas da Covid, sem prejudicar a assistência a pacientes não acometidos pelo coronavírus. Para assistência aos pacientes infectados pela Covid, internados na Enfermaria e UI, foram contratados exclusivamente dois médicos em regime de plantão de 24h”, destacou a diretora da unidade de saúde.

De janeiro a abril, o Hospital do Retiro atendeu 17.517 pacientes, com 1018 internações. Além da pandemia, o governo municipal e direção do HMMR enfrentaram a desmotivação de profissionais; muito por causa dos atrasos salariais. “O salário dos médicos foi ajustado acima da média do que é praticado na região e o pagamento feito até o último dia útil do mês, sem atrasos. Foram contratados médicos plantonistas para o Pronto-Socorro, Sala Vermelha e UTI, juntamente com enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e profissionais de apoio”, disse. “Hoje temos um hospital muito diferente do que encontramos, ainda com déficit de médicos, porém muito menor. Está em fase de aquisição, aparelhos como tomógrafo e o Laboratório de Análise Clínicas está sendo expandido, com aquisição de equipamentos para os setores de bioquímica, microbiologia e coagulação”, finalizou Márcia Cury.

 

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