Pandemia amplia para 13,5 milhões o total de desocupados

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SUL FLUMINENSE

O número de pessoas desempregadas no país atingiu recorde no mês de setembro, segundo dados da edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios durante a pandemia da Covid-19 (PNAD Covid19) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada, que era de 10,1 milhões no começo da pesquisa, passou para 13,5 milhões em setembro com recorde da série histórica. A população ocupada era de 84,4 milhões em maio registra em setembro o contingente de 82,9 milhões – 1%  frente o mês de agosto.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, a justificativa desse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltaram a pressionar o mercado de trabalho. É o caso de Sandra Maria, 28, que tenta vaga na indústria ou setor varejista. “Os currículos estão lançados e fico atenta ao celular e e-mail. Acabou meu seguro-desemprego e chegou a hora de sair de casa, enfrentar o vírus na rua e tentar uma recolocação”, comenta.

A força de trabalho, soma da população ocupada e desocupada, passou de 94,5 milhões, em maio, para 96,4 milhões em setembro. O número de pessoas fora da força de trabalho caiu 1,5% em relação a agosto, chegando a 74,1 milhões. Já a taxa de desemprego passou de 13,6%, em agosto, para 14%, a maior da série histórica da pesquisa. Dos 82,9 milhões de pessoas ocupadas, 93,5% não estavam afastados do trabalho que tinham. Destes, 10,4% estavam trabalhando de forma remota. Com a pandemia restringindo atividades, encontrar uma vaga de emprego tem sido árdua e o comércio é a esperança com contratações temporárias para o Natal. “Sigo em busca de uma vaga na rede comercial, percorro os centros comerciais e a previsão é que em novembro surjam vagas temporárias para o fim de ano. Fui demitido em maio e desde então a rotina é buscar a recolocação”, argumenta o atendente César Farias, 48.

AUXÍLIO EMERGENCIAL

A PNAD Covid19 analisa também a população assistida pelo programa Auxílio Emergencial. Em setembro foram atendidos 29,9 milhões de pessoas, com valor médio do benefício em R$ 894 por domicílio. “O percentual de domicílios onde algum morador recebia auxílio emergencial ficou estável nesses últimos quatros meses”, diz Maria Lucia. Entre os tipos de auxílio abordados pela pesquisa, estão o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e a complementação do Governo Federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

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