Pais e responsáveis podem receber treinamento de hospitais para prevenir sufocamentos em recém-nascidos  

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BARRA MANSA

Maternidades e hospitais do município poderão ser obrigados a realizar treinamento para pais e responsáveis sobre os primeiros socorros em caso de engasgamento, aspiração de corpo estranho e prevenção de morte súbita de recém-nascidos. Pelo menos é isso que prevê um projeto de lei aprovado em segunda discussão durante sessão no Legislativo na última terça-feira. A iniciativa é do vereador Gilmar Lelis (PRTB) e se estende para unidades públicas e privadas.

Segundo o vereador, sufocamento e engasgamento estão entre as principais de morte de crianças por acidente, principalmente bebês. Dados do Ministério da Saúde, em 2016 foram 77% dos casos de crianças mortas por esses motivos envolviam bebês com menos de um ano de idade. Por isso, o vereador acredita que essa educação preventiva de treinamento de pais e cuidadores prestando esses primeiros socorros em casos de sufocamento, pode ser de suma importância. O projeto prevê que as unidades de saúde comuniquem aos pais e responsáveis, ainda durante o pré-natal, a realização destes treinamentos, que podem ocorrer em turmas ou individualmente. As orientações e o treinamento devem acontecer antes da alta do recém-nascido. Os pais e responsáveis não são obrigados a participar do treinamento.

“Os pediatras afirmam que são comuns casos de engasgamento com líquido, leite materno e até mesmo saliva em bebês. Mas este fato comum pode ocasionar a morte desses recém-nascidos, o que pode ser evitado com o conhecimento pelos pais e responsáveis de técnicas simples e cuidados básicos de prevenção. É importante que hospitais e maternidades orientem minimamente os cuidadores dos bebês”, declarou o vereador Gilmar, citando que já existe uma lei federal de 2018 que obriga a capacitação em primeiros socorros de funcionários e professores de estabelecimentos de ensino e de recreação infantil públicos e privados do país.

A lei é resultado da luta de Alessandra Begalli Zamora, que perdeu seu filho Lucas, aos dez anos de idade, vítima de um engasgamento com um pedaço de cachorro-quente. Ele estava em um passeio na escola e não havia ninguém preparado para socorrer a criança.

 

 

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